Bom, meu nome é Monique, tenho 20 anos, sou de Campinas/SP e moro em NYC. Sou au pair pela Cultural Care, apaixonada por essa cidade, e sou doida pra conhecer o mundo!
Gosto de escrever pois é uma forma de organizar meus pensamentos, e me traz uma sensação de dever cumprido. Principalmente quando faço essas retrospectivas sobre o que já conquistei.
Espero poder inspirar vocês com um pouquinho da minha história.
Resolvi fazer deste meu primeiro post no Wall Pair, um resumão sobre como vim parar em NYC e como foi chegar na minha host family.
Bom, desde 2013 comecei a pesquisar sobre o que seria do meu futuro após concluir o ensino médio, e sempre funcionei bem com deadlines. Então, tinha sempre essa história de: se tal coisa não der certo até meio do ano, vou fazer essa outra coisa.
Até então, já tinha pesquisado sobre o au pair, mas ainda não tinha considerado o programa como uma opção para mim.
Tentei a carreira de comissária de voo, e como a princípio não fui contratada na linha aérea em que participei de uma seleção, fui para a ideia do intercâmbio.
Desde a rejeição na Gol, até meu match foram exatos 11 meses. Tanto que exatamente 1 ano depois da seleção, eu estava em São Paulo novamente, desta vez para a entrevista no consulado americano!
Escolhi a Cultural Care por ter tido boas referências de amigas que já tinham viajado como au pairs.
Depois que entreguei toda a documentação fiquei on-line por apenas uma semana, sem nenhuma família no meu perfil.
Na época estava de férias do meu antigo trabalho no Brasil, e ficava no facebook e afins durante a madrugada inteira.
Eis que me surge, no grupão de au pairs, essa pessoa oferecendo uma família pela Cultural Care, em NYC!
Confesso que não estava esperando muita coisa quando mandei a mensagem para a Lara, afinal, era NYC, com certeza já tinha aparecido alguém... Mas, fiz o que ela estava me pedindo, e mandei um resumo da minha carta de apresentação por e-mail, junto com meu BRZ.
Lembro que no dia seguinte, eu estava no shopping com uma amiga fazendo as compras de Natal, e recebi o primeiro e-mail da Host Mom. Título: Hi from NYC!.
Eu, é claro, dei aquela surtada básica, apesar de ter sempre aquela vozinha me dizendo: Vai com calma! Você não conhece eles...
Papo vai papo vem, eles finalmente entraram no meu perfil da Cultural Care e eu sentei no meio do shopping pra ler tudo! Minha amiga deveria estar querendo me matar, tenho certeza... Desculpa por isso, Jacque!
Dei uma freada, e mandei um e-mail bem frio, quando vi que eles tinham um baby de poucas semanas além dos dois kids maiores... Eu tinha acabado de ganhar uma irmãzinha, e minha mãe me deixou tão traumatizada com tudo o que pode acontecer com um bebê, então,eu tinha os dois pés atrás pra cuidar de bebês.
A resposta que recebi deles não poderia ter sido melhor... Desde o início já me deixaram confortáveis pra falar o que eu quisesse...
Ainda assim, tentei ignorar o fato deles serem de NYC. Minha cidade favorita no mundo todo! Se não, teria aceitado o match antes mesmo de saber como seria a rotina e etc.
Marcamos dois skypes para aquele fim de semana (nosso primeiro e-mail foi na sexta-feira), e trocamos mais alguns -muitos- e-mails.
Conversei primeiro com o fofo, que foi super paciente com meu nervosismo e com meu inglês intermediário...
Várias vezes pedi para ele repetir alguma pergunta. E no final, entrei em pânico achando que tinha sido horrível. Mandei um e-mail agradecendo a oportunidade e pedindo desculpas pelo inglês. A resposta foi marcarmos um segundo Skype.
Uma coisa que me ajudou a ficar mais tranquila, foi que discutimos tudo o que era importante por e-mail. Então, durante os skypes podíamos conversar mesmo, e nos conhecermos melhor.
Passou o natal e continuamos trocando e-mails. Fizemos mais dois skypes, e na véspera do ano novo: MATCH!
Eu lembro que no fim de semana antes da virada do ano, logo depois do natal, eu fui no shopping comprar dólares e malas. Sabe o tal do feeling? Já tinha rolado!
Em nossa última conversa antes do match, a fofa disse que eles tinham gostado de mim, e que estavam conversando com mais algumas meninas, mas que eu deveria pensar se gostaria da ideia de ser au pair deles. No dia em que estava no shopping mandei um e-mail dizendo que sim, que gostaria muito disso. Na mesma noite eles me responderam falando que ficaram muito felizes com a notícia e marcamos um Skype para o dia seguinte, véspera de ano novo, onde oficializamos tudo.
Aí já recebi a ligação da agência em Boston logo em seguida...
A sensação foi indescritível! Um misto de pânico e felicidade que só que já sentiu conhece...
E o frio na barriga durante a queima de fogos de ano novo era pela data marcada do meu embarque.
Sim, eles foram minha primeira família. Não, eu não conversei com mais ninguém.
Dali 7 semanas, no dia 21 de fevereiro de 2016, lá estava eu embarcando para NYC!
7 semanas para pedir demissão, fazer malas, me despedir de amigos e familiares, ir ao médico, tirar meu visto... Passou voando!
E o dia de embarcar chegou! Fiquei nervosa o dia todo, fui pro aeroporto super cedo e não me aguentava de dor de estômago por causa da ansiedade.
Na escola de treinamento não tive muito tempo de assimilar o que estava acontecendo, e além de todo o cansaço, a agitação era constante.
Lembro do dia em que sentei no sofá do lounge, conversando com minha mãe pelo WhatsApp, e comecei a chorar, tamanha era minha confusão interna.
Quando a sexta-feira chegou, e com ela o dia de ir para a casa da minha host family, eu estava super ansiosa. Não sabia o que me aguardava, e a vontade de pegar minhas malas e voltar correndo para o aeroporto era enorme!
O fofo me pegou em Manhattan, e fomos de taxi para a casa deles no Brooklyn. A fofa estava lá e ambos me abraçaram quando me viram. Estava me sentindo um peixe fora da água, mas estava sendo acolhida.
Confesso que a primeira coisa que fiz, depois de conversarmos por alguns minutos na mesa da cozinha, foi ir para meu quarto e dormir.
Tudo estava tão intenso que no primeiro fim de semana todo, quando eu não estava com as crianças, eu estava dormindo.
Logo que cheguei conheci o baby e ele não parecia ter 3 meses! Era enorme! Veio para o meu colo rapidinho, e logo percebi que ele era bem calminho (e isso não mudou até hoje, tenho o melhor bebê do mundo!).
Depois conheci o menino de 5 anos, que assim que chegou da escola veio para o meu quarto me dar oi e mostrar a roupa da aula de capoeira (ele passou o fim de semana todo usando aquela roupa, por ter a bandeira do Brasil). Entreguei os presentes de todos naquela noite, e eles adoraram, tanto que no café da manhã do dia seguinte estávamos bebendo "Brazilian Coffee" que eu trouxe para o fofo.
A menina de 6 anos foi uma fofa desde que chegou em casa no final da tarde, e foi ela quem deixou um desenho na porta do meu quarto, para dar boas vindas...
O que me deixou mais feliz, e consigo enxergar isso hoje, olhando para trás com a perspectiva que tenho da minha host family, foi o modo como eles me deixaram confortável desde o primeiro momento. A apesar de ter chorado de saudades de casa a primeira semana inteira, tive uma recepção maravilhosa.
Foi corrido, porque a irmã do fofo estava visitando, então tinha mais gente na casa do que de costume, mas não poderia ter sido melhor.
E vou deixar bem claro, minha host family não é do tipo que dá presentes caros ou que mimam a au pair. Mas eles me respeitam muito, reconhecem meu esforço e agradecem todos os dias por eu estar aqui.
Cheguei a pouco mais de dois meses, e todos os dias sinto que tive um bom match.
São três kids, muita correria, meus horários podem mudar a qualquer momento... Mas eu posso dizer que me sinto "em casa" com eles, e para mim isso é o mais importante.
Bom, por hoje é só.
Espero que vocês tenham gostado.
No próximo post vou contar um pouco mais sobre como é viver com uma família holandesa em NYC!
Até a próxima!
😘
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