30/03/2013

Receber e enviar remédios e coisas! E agora?

Olá au pairs!

Hoje eu vou falar sobre CORREIOS, algumas ideias de como enviar coisas para o Brasil, e também como enviar do Brasil para os EUA.
Antes de começar as ideias, eu preciso explicar o que é a Maré Vermelha da Receita Federal, essa operação já existia a algum tempo, porém o governo no ano passado resolveu intensificar a fiscalização nos Portos brasileiros, porém isso afetou também os produtos enviados pelos Correios!

De acordo com o anúncio da Receita os produtos que foram inclusos nessa ação são: vestuário, calçados, brinquedos, eletroeletrônicos, bolsas, artigos de plástico, artigos de toucador, dentre outros.

Sim, na época da ação estava demorando em torno de 4 meses para receber um produto vindo do exterios, sim 4 meses! E isso se não sumisse! O que ainda acontece com produtos de mais valia. 

Eu enviei, no ano passado, um pacote para o meu irmão e demorou 3 meses pra chegar, porém enviei uma carta simples para o meu pai e em uma semana chegou na casa dele.

Como todos sabem, pra enviar por correio, para não ser taxado pela receita o montante total tem que ser de 50 dólares, porém isso nem sempre acontece, vc manda nesse valor e mesmo assim a receita taxa, provavelmente passou pelo scaner e a receita viu que não é o que foi declarado, ai eles vão taxar pelo que foi visto...

Algumas ideias para enviar e receber o que precisamos.

Remédios 

Podemos pedir para a nossa familia mandar no meio de uma carta, ai teriam que enviar uma carta por mês, coloca a cartela no meio do cartão e envolve a cartela em um jornal ou papel aluminio. 
Outra maneira seria enviar todos de uma vez, o que é arriscado! Na mesma maneira, papel alumínio ou jornal.
Também tem a forma muito mais burocrática, vc precisaria ir na Vigilância Sanitária da cidade e pedir uma autorização para o médico de lá para poder enviar o remédio para o exterior, sim é mais demorado, porém mais seguro, porque chegando aqui, se pararem os remédios vc tem a autorização do seu país para enviar os medicamentos.

Tirando a parte burocrática, isso vale para documentos importantes, meu pai me mandou meu cartão de crédito ano passado, no meio do jornal, chegou direitinho!

Agora a parte mais interessante, enviar coisas para o Brasil!!!!!

Esse bixo de sete cabeças é bem complicado, mas nada de diferente, algumas pessoas falam que é precisa ser 50 dólares contando com o valor da postágem, porém outras falam que não precisa, então fica a critério!

O que eu geralmente faço, coloco meus produtos na caixa o produto embrulhado no jornal ou papel alumínio e no plastico bolha, assim quando passar no escaner do correio dificulta a visualização, no correio daqui dos EUA eu pego o papel de declaração e coloco como sabonete, caixas, coisas pra bebê, babador, em fim... Declaro como comprado no valor de 2 dolares cada e não coloco no limite de 50 dólares, eu sempre coloco tipo 35, 40 48...

Eu mandei uma caixa para o meu padrasto que eram peças de carro, nesse caso valeu declarar o valor correto, porque no Brasil sairia muito mais caro mesmo com a declaração, ai coloquei o valor de 110 dólares, a receita cobrou o valor de 100 reais pelo produto, mas como eu falei, valeu porque o valor era muito a mais no Brasil! 

Nunca tive problemas, sempre chegou, demorou, mas chegou! 

Pessoal, fiquem a vontade para comentar e também dar outras sugestões, é sempre bom saber outras formas de enviar nossas coisas para o BR.

Abaixo alguns sites que eu li para entender essa operação Maré Vermelha da Receita.





Até a próxima..

Rafa!!!












27/03/2013

Kids com ADHD...ADD...PQP...FDP. WTF???

1 mês em Michigan...incrível como passa rápido!

Quando estamos no Brasil ainda, o dia de vir pra cá parece que não chega nunca, mas depois que chegamos, passa tão rápido que a gente quase não vê! rs

Bom, vou contar rapisinho como foi esse mês aqui na casa...

Eu tive a sorte de vir pra família de uma amiga, sim ela me indicou. Desde que ela chegou aqui tudo que ela falou que a família dela oferecia me interessou, pois eram as coisas que eu queria que uma família me proporcionasse (carro, sem curfew, pode trazer amiga em casa, são fexíveis quanto as férias e trabalho no máximo 6h por dia). Então ela acabou me indicando pra eles, eu conversei pelo skype e no final eles gostaram e fecharam comigo.

Eu cuido de 3 kids (1 menina de 12 anos e 2 meninos de 6 e 9 anos), na verdade de 2, porque a menina já se vira sozinha. 

Mas nem tudo são flores viu minha gente?! rsrs O meu menor tem ADHD (Attention Defict Hyperactivity Disorder  ou o famoso Distúrbio do Déficit de Atenção), é bem complicado pois crianças que tem esse transtorno, apresentam 2 características: 

1) Desatenção


2) Hiperatividade-impulsividade
O ADHD na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e com “bicho carpinteiro” ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo) e também tem dificuldades com regras e limites.


Na 1a semana aqui eu fiquei bem assustada, pois ele estava em ''bad mood'' a semana toda!!! A sorte (OU NÃO), é que minha host não trabalha, então ela fica em casa junto comigo e acaba ajudando com ele. Na verdade eu acho que eles só tem au pair por causa do menor! Porque os outros 2 são uns amores, muito fácil de lidar, uma beleza!
Portanto, tem hora que eu não tenho a mínima idéia de como lidar com ele. Nunca imaginei que seria tão complicado. Ele é literalemente uma caixinha de surpresa!
Tem dia que ele acorda um anjinho, mas não por muito tempo! (meu anjinho da asa quebrada! o/) Pior que ele é muito lindinho, dai acabo que não consigo ter raiva dele quando ele se comporta mal. E ao mesmo tempo que tem essas horas difíceis com ele, tem as horas mágicas, ele é muito carinhoso e na hora de colocar ele pra dormir eu não tenho o menor problema...ele se arrruma, deita na cama, pega os bichos de pelúcia dele e pede pra eu deitar com ele um pouquinho e fazer carinho...aiiii uma gracinha! rsrs 
A minha conclusão nessa história toda é, se você não tem muita paciência, NÃO escolha uma família com crianças com ADHD, mas se você tem, vá! Não desista de uma boa família por isso, fácil não é, mas também não é nenhum bixo de 7 cabeças, eles são muito carinhosos! E não tem culpa de serem assim né?! Imagino como meus hosts se sentem...ele são muito pacientes, não gritam nunca com ele e os irmãos também são super compreensivos. É legal porque hoje estou tendo uma noção de como é criar uma criança assim (quem me garante que amanhã não tenho uma filho ou sobrinho, alguém da família com isso?!)  
Espero que tenha ajudado em algo :)
Beijinhoss






25/03/2013

9 meses, e o inglês.

HOJE eu completo 9 meses em terras americanas (yay!), e resolvi compartilhar a minha experiência com o inglês.

Aqui no WallPair já temos alguns posts sobre nível de inglês, mas se não me engano todas as meninas que postaram já saíram da equipe. E claro, cada uma tem suas dicas, tem sua evolução, e é sempre interessante acompanhar. Portanto, resolvi falar sobre isso aqui hoje.
Uma antiga escritora aqui do blog uma vez postou sobre isso e falou que se arrependeu por ter vindo com o inglês tão fraco, pois acabou perdendo muita coisa no começo e não aproveitou como poderia. Eu acho que essa já é uma ÓTIMA dica: não venham sabendo falar somente "Hi, how are you?" e "The  book is on the table". Quando você chega aqui, a coisa é MUITO diferente - a não ser que você converse já, por algum motivo, com americanos. Você precisa ter um ouvido aguçado pra conseguir acompanhar - principalmente se sua host mom fala SUPER HIPER MEGA rápido, como a minha, haha!

Como eu achava que estava meu nível antes de vir? Achava que estava ruim, mas pelo fato de eu não estar estudando nem treinando o ouvido já há muito tempo - leia-se uns 7 anos.

Como eu estudei inglês? Eu comecei a aprender na primeira série, com 7 anos. Eu sempre estudei em escola particular com o método Positivo, e as apostilas Positivo tem inglês da primeira série até o terceiro ano. Ou seja, eu estudei inglês (quase) todos os anos na escola. O quase é porque em um ano eu escolhi estudar espanhol, já que eu fazia inglês em uma escola de línguas na época. Eu fiz, nessa escola de inglês, uns 5 ou 6 anos de aulas - na Wizard. E foi isso o que eu estudei! Eu me formei na escola em 2004, e desde então não estudei mais inglês. Quando eu resolvi fazer o au pair, em 2011, eu corri atrás de uma professora particular - que por MUITA coincidência também já tinha sido au pair - e fiz 10 aulas com ela, somente pra relembrar a parte gramatical, que era a mais importante, e alguma coisa de vocabulário.

O que achei quando cheguei aqui? Que meu inglês estava melhor do que eu imaginava! Eu conseguia me comunicar bem, e entender bem. Como a minha host mom fala muito rápido, no começo eu tinha que pedir pra ela repetir várias coisas - e ela fala rápido mesmo, até a LCC no primeiro dia que veio aqui em casa disse pra ela que ela precisaria aprender a falar mais devagar, ou nunca iríamos nos entender, haha. E por isso eu pedia várias vezes pra ela repetir. Com o meu host eu nunca tive maiores problemas. Já com o meu menino maior (10 anos quando cheguei aqui) era mais difícil, ele nunca gostava de repetir o que falava, e então eu não me comunicava com ele praticamente nos primeiros meses, porque quando eu queria falar algo, se ele não entendia, ele simplesmente me ignorava, não falava nem pra eu repetir. Então comecei a ficar envergonhada de me comunicar com ele, e só respondia o que ele me perguntava - quando eu entendia, haha!

O que fiz pra estudar aqui? Um curso ESL de conversação (8 aulas), dois ESL de grammar (16 aulas), cursos na minha área (que ajudam muito, mas muito mesmo! Pois você sai do comum do ESL e começa a ter que prestar atenção em dobro nos termos novos que está aprendendo), muuuuito seriado (vi alguns episódios de seriados aleatórios e comecei a acompanhar o "How I met your mother" - no início com legenda em inglês, depois sem mais nada), assisto filmes, escuto músicas lendo a letra na tela do computador, comprei um livro de Grammar Self-Study, às vezes leio revistas e também leio livros no geral.

Como está meu inglês hoje? Muito melhor!! Antes eu me apavorava quando ligava a televisão e não entendia NADA, hoje às vezes eu me pego no computador e escuto uma propaganda na TV e entendo, naturalmente. Claro que não entendo tudo! Tem alguns desenhos e seriados que eu não consigo entender direito, e os jornais de notícia eu ainda acho um pouco difícil acompanhar, mas se prestar atenção só naquilo, eu consigo! Filmes, seriados e desenhos no geral eu assisto tranquilamente. Já fui algumas vezes no cinema, e sempre que assisto algo no Netflix, nunca coloco legenda (nos primeiros meses eu colocava em inglês, pra treinar o ouvido. DICA: façam isso no Brasil, antes de virem pra cá, e já vão treinando!). Rádio eu consigo entender algumas coisas. Propagandas de rádio geralmente são rápidas, então tem algumas que eu não entendo mesmo. E também não sou de escutar muito rádio não... Já as músicas, vixi!! Isso sempre foi um problema pra mim! Eu sempre tive o ouvido bem ruim pra elas, e mesmo treinando já desde o Brasil, eu ainda tenho esse probleminha. Mas fora as músicas e o rádio, eu acho que estou muito bem!
Já recebi elogios da LCC, dos meus hosts (alguuumas vezes) e até do meu professor de fotografia! Meu professor esses dias falou que meu inglês é "fantastic", voltei pra casa toda besta! E comparando meu inglês com várias meninas que já conversei em inglês e estão aqui nos EUA, eu realmente acho que meu inglês está muito bom. E como eu convivo com o inglês desde os 7 anos, a pronúncia pra mim é fácil, e não tenho maiores problemas não. Até com a gramática eu já quase não tenho problemas. Hoje em dia o que ainda sinto muita dificuldade é com vocabulário mesmo, que preciso perguntar "o que é isso" quando não sei as palavras. Mas existem tantas palavras, né? Acho que precisaria passar a vida inteira nos EUA pra poder saber todas elas... :P

Bom gente, é isso. A maior dica que eu dou é ESTUDE ANTES DE VIR! Assista filmes sem legenda ou com legenda em inglês, leia sites de notícias ou algo que te prenda a atenção em inglês, e acompanhe páginas no Facebook ou sites como o English Experts, por exemplo! E a dica que posso dar sobre a leitura de livros é: COMECEM COM UM LIVRO FÁCIL! Eu comecei com The Hunger Games e me frustrei, fiquei um bom tempo sem ler nada achando que era quase impossível. Até que resolvi pegar uns livros do meu menino, e consegui ler os 4 do começo ao fim sem olhar uma vez pra um tradutor ou dicionário. Assim que é gostoso de ler! :)

Aqui vão os livros que eu comprei/li/estudei aqui nos EUA:

Livro de Grammar - comprei aqui pra estudar por conta própria - SUPER RECOMENDO!!! Vou levar comigo pro Brasil, com toda a certeza!

Primeiro livro em inglês que eu li - comecei com um mais pra pré-adolescente (peguei do meu menino), e depois conversando com outras au pairs, descobri que MUITAS lêem essa coleção. Eu adorei, e recomendo!
Segundo livro que eu li - outra coleção bem gostosinha de ler. A história também é mais pra pré adolescente, como o primeiro. Mas eu tentei começar com livros mais difíceis (da minha host) e me bati um bocado. Então preferi livros que eu não precisasse parar um minuto pra olhar no tradutor, ou coisa do tipo.
Terceiro livro - da mesma coleção do primeiro.
Quarto livro - da mesma coleção do segundo.
Quinto (estou lendo agora) - Os livros da Sophie Kinsella são super gostosos de ler, e totalmente voltado pro público feminino. Ainda pretendo ler todos!
 Próximos livros a ler - Dear John, esse eu vou pegar emprestado da Natália, aqui do blog (ela é AP aqui em KC também). É o próximo da minha lista!

O The Hunger Games eu sinto dificuldade, e às vezes preciso parar pra traduzir algo, pois fico realmente sem entender. Já comecei a lê-lo 2 vezes e parei. Estou com toda a coleção, o segundo e o terceiro também, e espero conseguir lê-los em breve...só ainda não sei se aqui ou no Brasil (já que esses 3 livros são meus, e não emprestados).
E a coleção do Wimpy Kid eu quero ler inteira ainda! Eu baixei a coleção toda no Kindle App, então em breve vou terminar a coleção :D

Bom, é isso gente! Eu espero que eu tenha motivado algumas meninas que acham que é impossível assistir um filme sem legenda ou ler um livro sem usar tradutor. NÃO É! E é super gostoso depois que você consegue :) como eu sei que no Brasil meu contato com o inglês não será muito, eu estou pensando em levar meus livros da coleção do Hunger Games pra ler somente lá, e continuar sempre assistindo filmes em casa sem as legendas. Aprendi a gostar dessa língua mais ainda do que eu já gostava. E pode parecer bobo, mas toda vez que termino um filme e PRINCIPALMENTE um livro, e consigo entender tudo, eu me sinto vitoriosa! :)

24/03/2013

Fotografia como recordações eternas


Para quem não sabe, eu voltei dos EUA há 13 meses. Hoje, tudo que me resta é saudade dos meus quase dois anos de vida como au pair e da minha Host Family. No ínicio, lá em abril de 2010, tudo era novidade, tudo eu fotografava. Meus registros eram impecáveis. Quase todos os dias eu tirava fotos com as kids, ou de coisas que achava diferente na casa. Depois de um tempo, tudo foi ficando normal e os registros foram diminuindo até que cheguei ao ponto de tirar fotos com as kids só nas datas comemorativas.

Meninas, o meu conselho é: REGISTREM, FOTOGRAFEM, MANTENHAM UM DIÁRIO!!! Fotografem os diferentes pratos que comemos em restaurantes. Fotografem seu café da manhã, as caras de sono de algumas manhãs que começamos a rotina às 5AM. Fotografem as diferentes maquiagens que vocês fizerem para as parties! Não esqueçam de fotografar caixas de cereais que vocês gostam.. Parece bobagem, mas acreditem, por favor, tudo isso faz diferença!!

Depois que se está de volta ao Brasil, é só isso que vocês terão para cessar essa dor que uma maravilhosa experiência como essa nos faz sentir. E eu não digo só para as meninas que amam a Family e as kids. Isso também serve para as meninas que estão sofrendo com Family ou kids errada. No final, gente, tudo dá certo e é muito bom ver fotos dos momentos difíceis que tivemos e ver que demos a voltar por cima. E, óbvio, melhor ainda ver as fotos dos momentos que foram maravilhosos, com amigos, viajando, aproveitando mesmo a vida!!!

Depois de um tempo, a gente se perde no tempo e acaba se esquecendo dos momentos bons e ruins que tivemos. Dos lugares que tivemos nas pequenas road trips. Hoje, eu tenho praticamente todas as fotos no meu Ipod e sempre me pego revendo-as e matando a saudade. E cada fotografia traz sua história. Seja a dor de barriga de tanto rir por cometer um erro com o nosso inglês meia boca do início, ou de dias que nevaram o dia todos e ficamos stucks dentro de casa no nosso valioso dia off. Até fotos das kids daquele dia que eles estavam com a macaca e te fizeram enlouquecer. Tudo isso, no final das contas, é resultado de crescimento. Tudo isso, um dia será só saudades e vontade de voltar no tempo!

Bom, era esse o recado que eu gostaria de dar aqui hoje! Se pelo menos umas de vocês começar a registrar mais a vida como au pair, meu dever já estará cumprido!


Um grande beijo

22/03/2013

Por onde andei, parte 1.


 Quando começamos a pensar em ser Au Pair, o que nos deixa mais animadas é a oportunidade de conhecer diversos estados deste país.

Eu não consegui viajar muito por aqui ainda, mas os lugares que eu fui e as coisas que eu vi, essas jamais serão esquecidas!

Florida

Tirei a minha primeira semana de férias para visitar uma grande amiga na Florida, tudo planejado ( naquelas) desde de quando eu ainda estava no Brasil, conheço a Thays desde que me lembro, e desde então fizemos muitas coisas juntas ( Middle school, High School e College), sonhamos juntas com este intercâmbio, mas por falta de coragem da minha parte, ela veio primeiro! 

Foi a minha melhor viagem, estar com quem a gente gosta, faz um bem sabe? Aproveitei a minha primeira semana de um jeito super agradável, passei alguns dias em Anna Maria Island na casa da praia da família e depois subimos para Orlando para visitar os parques.

Anna Maria Island: Que lugar lindo, parecia um sonho! Uma praia limpa, linda, água quentinha e 4 crianças ( maiores do que eu!) pra fazer companhia. Brinquei de frisbe e marco pollo ( uma espécie de cobra cega, ou seria cabra cega?) fora as conversas... imagina ficar 1 ano longe de quem você gosta, a gente tinha que tapar a boca uma da outra pra poder dormir, muita felicidade pra um coração só!










Orlando: Sempre fui doida por parque de diversão, viver em São Paulo me proporcionava muita diversão, na época dos meus 13 até os 19 anos eu devo ter ido mais de 30 vezes ao playcenter ( 1 min de silêncio pela lastimável perda =/ ) Sem brincadeira, eu ganhava tanto ingresso, tinha tanto VIP pra ir naquele lugar que chegou uma hora que não dava mais hahahaha. O Hopi Hari é um pouco mais longe ( e muito mais caro, eles acham que lá é a Disney, só pode ser) então eu acho que só devo ter ido no máximo 7 vezes.
Eu sou da época em que a Eliana fazia programa infantil e eu sempre me imaginei junto dela, todas as vezes que ela visitava a disney e a universal. 

O primeiro parque, foi o parque novo da Universal, eu tremia tanto por dentro, eu queria chorar, eu queria gritar, eu queria mostrar pra todo mundo que me mandou parar de ser criança e boba a felicidade que eu estava sentindo, tudo bem que eu quase morri de tanto calor! Uma dica super importante: " Não vá para a FLORIDA no verão!!!" eu gostei muito de tudo, mas o calor...aff é insuportável, e tem tanto brasileiro naquele lugar, tanta gente! anyway, voltamos para a parte boa!



Porque ser turista é muito legal...


Castelo do Harry potter






No segundo dia, visitei o outro parque da Universal ( cheio do mesmo jeito, mas eu ainda estava super no pique), adorei o estilo do parque, além dos brinquedos, visitei uma horror show. Super recomendo, eles mostram alguns efeitos especiais que aparecem nos filmes e é muito divertido.
E não é que a branquela, conseguiu ficar morena!



O terror de todo mundo...


No meu último dia de parque, fui conhecer o Hollywood studios na Disney ( cortesia da host da minha amiga).
Eu estava tão cansada, o calor já tinha acabado comigo, eu andava e não sabia onde estava! Me diverti na disney ( lá eu finalmente chorei de emoção) mas sabe quando você sente que poderia ter feito mais? Pois é, o calor não me deixava pensar muito bem não...Eu gosto muito do Mickey, mas sempre gostei muito do Pooh, dei um abraço tão gostoso e apertado que ai ai aiiii hahahaha

Parecendo uma menina de rua, mas eu juro, era impossível usar tênis hahaha
O meu favorito ;)







Bom, por hoje é só! Pensei em colocar o orçamento da viagem, mas no meu caso não seria muito justo uma vez que eu fiquei hospedada na casa de uma amiga, eu só sei o preço das passagens from Virginia ( que mudam toda hora) e o preço dos parques da Universal. Sintam-se a vontade para perguntar!

P.s só pra reforçar, não visitem a disney no verão! HAHAHAHA

Um ótimo fim de semana =)


Beijos, Ágata!





                                               

Faculdade: O que fazer?



Oi de novo!

Já falei sobre a decisão de ser Au Pair e sobre como se planejar. Agora vou falar sobre uma grande decisão que aflige muitas futuras Au Pairs... FACULDADE!

Já adianto que faculdade foi o principal motivo que me fez esperar para fazer o intercambio, e hoje eu percebo que ela me prender aqui, me dá tempo para me planejar e ir mais preparada.

Bom, vamos lá!

Dependendo da idade em que você vai ficar sabendo sobre o programa, você vai se fazer alguma dessas perguntas:

- Devo trancar a faculdade ou esperar terminar? ( meu caso como já disse )
- Devo começar a faculdade e trancar para ir, ou ir e fazer faculdade quando voltar?
- Devo ir sem faculdade e fazer a faculdade lá?
- Se eu trancar eu volto para terminar ou deixo para começar uma nova? (mas se você fizer isso terá perdido o tempo de estudo até agora)

São muitas questões e questões muito delicadas. Vai depender de muitas coisas para que essa decisão seja tomada. Vai depender se você esta bem com seu curso, e sabe mesmo o que quer fazer, se você está bem em casa e com seus parentes, se você esta bem com você mesma... 

Vou contar detalhadamente minha historia e meus motivos para decidir terminar minha faculdade e talvez ajude alguém a decidir também.

Comecei a faculdade logo depois de sair do ensino médio, ainda com 17 anos. O primeiro ano foi tranquilo, desanimei um pouco no começo do segundo semestre, mas passei de ano com 2 exames básicos e sem nenhuma DP (Uhuuu)

Segundo ano, bom foi muito complicado, descobri sobre o programa no começo do semestre e entrei em depressão por não poder entrar no programa, por não ter nível de inglês. Eu não tinha nada de inglês. (Falo mais sobre isso aqui).

Bom, mas alem do nível de inglês, o que me fez decidir ficar foram varias coisas, então vamos á:

- Eu já estava no segundo ano, se eu trancasse iria perder 2 anos da minha vida, pois não ia valer nada no meu currículo metade de uma faculdade.

- Eu estava com 18 anos e a maior idade americana é 21. Eu termino a faculdade com 21, logo esperar seria melhor para mim quando estivesse lá.

- Eu gosto do meu curso, mesmo apesar dos altos e baixos eu sou boa em administração (vocês puderam ver uma pouco disso no post anterior).

- Terminando eu teria tempo mais que suficiente pra me jogar no inglês e ir confiante.

- Mas tempo pra juntar dinheiro e ir com uma reserva se possível.

- Tempo para conseguir mais horas e fazer cursos de babá.

Enfim, como podem ver, tudo conspirava para que eu esperasse a faculdade terminar.

Mas mais que isso, acho que não é legal largar as coisas na metade. Se eu trancasse, eu não voltaria para terminar, eu provavelmente embarcaria em outra faculdade quando chegasse lá e teria perdido 2 anos da minha vida. Eu também não voltaria para terminar e se eu voltasse, provavelmente estaria muito diferente e não iria querer continuar o mesmo curso... E de novo teria perdido 2 anos.

Claro que cada um é cada um, já vi muitas meninas que voltam e são felizes para sempre, mas no meu caso, não. Eu não voltaria.

E o que eu teria perdido nesses 2 anos? Tempo? Dinheiro? Paciência? Tudo junto e mais um pouco?

Já vi meninas que não conseguiram fazer cursos específicos por não ter formação na área e coisas assim, então acredito que ter a faculdade quando entra no programa só trás benefícios, do mesmo modo que não ter a faculdade não interfere em nada.

Se eu tivesse descoberto sobre o programa antes, e tivesse um nível bom de inglês provavelmente embarcaria sem medo, mas não é meu caso. Minha realidade é outra, e estou conformada em ter que esperar.

Mas e vocês? Vão fazer o que quanto aos estudos?

20/03/2013

Programa de índio com a Host Family - vale a pena?

Hello boys and girls :)  Chegou meu dia de postar novamente e eu estava por aí pensando que assunto abordar... gosto muito de escrever sobre o que estou passando no exato momento, e no exato momento estou viajando a trabalho com minha host mom e baby!

Nesses quase dois meses de USA já me diverti bastante e conheci vários lugares... sem dúvida a melhor parte deste intercâmbio são as viagens, coisa que no Brasil era bem mais difícil e caro na minha região... aqui qualquer pulinho você está em Hollywood! Fora todas as outras coisas turísticas e culturais que você nem imagina e acaba encontrando no caminho...

Então, minha família sempre me convida para fazer uns "programas de índio". Pode até ser uma coisa que estou querendo muito fazer, mas na hora a gente para e pensa: "Mas vou ir com meus chefes?? Com a kid que já vejo a semana inteira?" e bate aquela dúvida, afinal o programa vai sair de graça, porém é com a família junto!
a aupair vai tipo assim no meio das tralhas das kids...
Eu sempre procuro aceitar os convites da minha family, essa era uma das minhas metas no Brasil: aproveitar tudo o que der, conhecer tudo o que der, principalmente se for de graça! Claro que a minha família é 10 nesse quesito, eles não me pedem pra fazer nada com o baby e sendo assim, eu nem me ofereço mesmo (vai que acostumam né). Nesses quase 2 meses já fui com a family para:

- festa na casa de um amigo da host pra ver o Super Bowl (foi bem americano haha)
- passeio de barco para ver baleias e golfinhos
- zoológico de Santa Barbara
- picnic numa praça com todas as families da CC (foi um meeting)
- Sunnyvale, em San Francisco (é onde estou agora, trabalhando).

Nos quatro primeiros eu não trabalhei nada, e essa semana estou em um hotel com a host, trabalhando durante o dia e com a noite de folga, e ela também me deu a quinta-feira e o sábado de folga! Eu gosto de fazer programas com a minha família... mas não vou em tudo que eles convidam, se não nem sobraria tempo pra sair com as amigas. Só vou em lugares que eu gostaria muito ou que quero aproveitar por ser de graça! haha.

no passeio de barco 

no zoológico
Nos primeiro mês é legal você aceitar os convites da família para passeios, afinal se você sente que eles são legais não custa nada passar um tempinho com eles, e se te convidaram é porque querem te fazer parte da família. Minha family pergunta assim: "What do you want to do as a family this weekend?" Acho fofo! haha.

Aqui vão algumas dicas sobre sair com a family:

- Se você achar que deve, peça quanto deu a sua parte, quando vai jantar por exemplo. O certo é eles dizerem: imagina, é por nossa conta! mas eles vão achar legal você se importar. (se você acha que eles são do tipo que diriam "deu $10 nem pergunte!)

- Puxe assuntos com eles, mostre que está gostando do passeio nem que não seja tudo aquilo... e se o passeio já foi super legal não esqueça de dar atenção pra eles! mas não fique grudada o tempo todo. Minha host dizia no barco: "vai dar uma explorada! não precisa ficar comigo não... vai caminhar se você quiser..." E eu ia, mas voltava lá pra dar uma conversada com ela.

- Se você vai dormir fora com a família eles são obrigados a dar um quarto só pra você! PORÉM se for só a passeio e você pode escolher se quer ir ou não, aí eles que sabem... Eu estou dormindo no mesmo quarto que a host essa semana! O hotel estava lotado e ela me disse que eu poderia ficar em casa normalmente com o baby... e que se quisesse vir poderíamos dividir o quarto, e eu vim porque EU quis! Pode acontecer da sua family te chamar pra uma viagem e dizer: se você quiser vir, terá de dividir o quarto com o mais velho. Aí vai de você né, se a viagem vale a pena, aceita!

É isso... os programas que eu fiz com a minha família até agora foram todos muito legais e não me arrependo! Quero mais é aproveitar viajar for free.. ehhehe...

See you!


19/03/2013

Tchau tchau vida de Au pair! Pq nao extender para 2 anos?

Tchau tchau vida de Au pair! Pq nao extender para 2 anos?
E em Julho esta jornada chega ao fim!

Tenho uma familia otima, moro pertissimo de NYC, amo ingles...pq nao extender?

Por mais que aprendi muito, muito mesmo,
preciso voltar e procurar um emprego de verdade.
Aqui aprendi tudo que preciso para ser mae e uma dona de casa. E sim, acho isso muito importante pois nunca
NUNCA na minha vida tinha feito coisas que fiz aqui como ter q organizar casa, lavar, passar, limpa cueca e calcinha que nao eram minhas... Nao foi facil, mas deixei de ser nojentinha e passei a ser uma mulher que nao tem a minima vontade de ser dona de casa, mas que sabe fazer o que tem que fazer.

Pq nao extender 2: Por mais que a familia e otima, sempre tem seus defeitos. Mas tem o problema, assim que voce decide nao ficar, marca seu voo, vc olha para suas kids, pensa na sua vida aqui, ... sentimental ate o fim!

Mas fiz minha decisao e vou para casa.

Decisao. eh essa a palavra, quem decide extender vai aprender muito mais, conhecer muito mais. Quem decide ir, vai sentir falta, mas pode ter aproveitado tudo o que quis e vai voltar para seu Pais LINDO que eh o Brasil.

Mas uma coisa garanto: ser Au pair vale a pena!

18/03/2013

Au pair é!


Venho aqui mas uma vez dizer que é dura a espera, 4 meses on line, 18 famílias e só 4 entraram em contato, bom não vou ser chata de ficar falando das minhas desilusões como aspirante à au pair  e enquanto espero tenho aprendido que au pair é:
PACIENTE


DETERMINADA

MAU HUMORADA

QUESTIONADORA

PESQUISADORA

EDITORA DE VÍDEO

ELOQUENTE

FOFA

BOA MOTORISTA

PACIENTE MAIS UMA VEZ

DETERMINADA DE NOVO

BOA OUVINTE

CHORONA

TÉC. EM INFORMÁTICA

...E FELIZ COM TUDO ISSO!

Bom, vcs já me conheceram agora vai algumas dicas pra estudar"
Dica 1: Estudar inglês!
*Muita gente não gosta dessa palavra “estudar” quando vc manda alguém estudar soa como se a pessoa fosse um vagabundo kkkkk a quem não concorde. Pois então, vc não precisa se encher de livro, se trancafiar no quarto e passar horas lendo, se vc prefere é bom também. Assista filmes, seriados, leia muito em inglês, várias famílias me perguntaram se meu “Reading” era bom pra ler pra kids, leia BBC News, NYC times, pesquisa sobre qualquer coisas no Wikipédia em inglês, a net tá cheia de coisas portanto, leia vc vai aprender muitas palavras e como escreve-las funciona! Pelo menos comigo.
Listening! A parte boa do negócio, música, música é nelas que vc encontra as famosas “expressões de linguagem” se não for levar seu tempo embora, anote algumas frases que vc entende e busque a tradução mais tarde para comprovar que seu “listening” está afiado. Baixe a letra de uma música e tente cantar com a banda... há muitas outras formas de se fazer.
Speaking! A hora do vamos ver quantas andam seu inglês! Se vc tem vergonha de falar com as zamigas e sua família então fale com estranhos mesmo! Vou te mostra uns sites muito bom!
www.livemocha.com – esse site envolve falar, ler, escrever... vc ainda faz amizades com gente do mundo inteiro, o que vc precisar é ter amigos que falem a língua que vc quer aprender muitos dos casos é o inglês e que os mesmo estejam interessados em aprender português, vc vai fazer uma troca, ensinar e aprender, corrigir exercícios e ser corrigido. Fora que tem um bate-papo depois que vc tiver fera!
www.colingo.com/ - Este é o meu preferido, são vídeos aulas de inglês ao vivo com professores americanos, vc entra no site e lá tem dizendo a tal aula e que horas vai começar, são diversos professores falando de todos os jeitos, eles dão as aulas na sua própria casa usando a webcam, vc pode participar das aulas com a sua webcam também ou apenas ficar assistindo quietinho(a). Sim e outra coisa seu cadastro é o facebook, vc só precisa curtir no face e toda vez que usar deixa-lo aberto.
...e tem muitos outros sites, o que não falta é isso na net, esse são meus 2 favoritos, não se inscreva em vários sites apenas 2 ou3 pq vc não poder administrar todos e acaba não fazendo nenhum,  portanto, lembre-se! A PRÁTICA LEVA PERFEIÇÃO, se vc quer falar inglês estude todos os dias. Isso serve para as pessoas no Brasil e no EUA também.

Gente, não quero que fique um post grande, então outras dicas do que fazer em casa enquanto espera o match, brincadeiras com as kids, artes para fazer e tal vou escrevendo nos outros posts. Sou leitora também e sei que quando o post tá grande a turma se cansa de ler. Rsrsrsrs
Bjos
#TAMOSJUNTAS!

10/03/2013

Cuidar de um bebê



Estava aqui pensando num assunto que fosse legal para escrever sobre, quando a Cláu me sugeriu falar sobre ser au pair de um baby, e eu gostei da idéia.
Como tudo, cuidar de um baby tem seus prós e seus contras. Para mim, mais prós do que contras.
Cuidar de um baby é garantia de que durante seu ano de au pair você terá sempre uma criaturinha que olhará para você como um ponto de referência, com um amor inocente de uma criaturinha pura. Um companheirinho ou companheirinha, que irá crescer e amar você incondicionalmente e confiar em você de uma maneira que talvez jamais ninguém confiou.

Isso, me desculpem as au pairs de crianças mais velhas, só tem quem é au pair de bebê.

Sim, um bebê não fala. No início. Você “não tem com quem praticar o inglês”. Porém, se você ficar os dois anos, vai ter a satisfação de vê-lo falar até pelos cotovelos. E foi você, em grande parte, responsável por isso.

Um parêntese aqui.
[Desculpe aí querida au pair, mas se você vem com o objetivo máster de “aprender inglês a qualquer custo” não vai ser por causa do bebê que não fala que você vai se frustrar... vai ser porque você vai estar limitando seu sonho ao simples “ficar fluente” ao invés de explorar as infinitas possibilidades que os EUA oferecem em diversão, aprendizado, enriquecimento cultural, etc. Inglês a gente aprende. De um ou de outro jeito, tendo que se virar no dia a dia. Você aprende. Aliás, quem quer mesmo aprender, mesmo cuidando de um baby, canta, fala sozinha, treina a pronúncia lendo um livro em voz alta. Ou seja: não é a falta de falar com crianças mais velhas que vai te limitar de aprender o idioma SE ESSE FOR TEU OBJETIVO PRINCIPAL (e SE você for meio que paranoica com voltar com um inglês tinindo).
Ah, aproveito para te falar: para ser fluente numa língua são necessários 5 anos de imersão. Não um. Não dois. Cinco. ]

Cuidar de um bebê significa você sentar no chão, dar uma colher ou outro objeto qualquer na mão do pequeno (nada de objeto pequeno que caiba na boca, pelamor de Deus!) e ficar observando ele se maravilhar por esse objeto novo.
(Crianças mais velhas não se maravilham nem com o último modelo de iphone).

Cuidar de um bebê significa descobrir uma coisa absurda qualquer que faz ele rir às gargalhadas, e repetir infinitamente só para ouvir essa risada gostosa e rir junto.
Cuidar de um bebê significa aprender musiquinhas de ninar, ou musiquinhas para brincar, ler (e aprender de cor) livrinhos bobos que vão te ajudar a conhecer palavras novas em inglês. Meus favoritos eram the wheels on the bus e five little monkeys, que o pequeno B. gostava que fizesse ele pular nos meus joelhos quando os macaquinhos pulavam na cama.
Cuidar de um bebê significa sair de stroller pela cidade. No início você se sente meio envergonhada porque na sua cabeça brasileira “as pessoas na rua podem pensar que é meu filho”, mas logo se acostuma a que está nos EUA e ninguém dá a mínima e até está manobrando o carrinho na porta do Starbucks para grab a cup of coffee on my way to the park. É ir conversando e cantando com um toddler (nome que se dá aos bebês grandes e crianças pequenas, ou seja de 1 a 3 anos) cansado e mostrando tudo que vê pelo caminho para que ele não durma e estrague o horário do almoço, sem importar quem está vendo você cantar em voz alta para um bebê sonolento.
Talvez também signifique levar o pequeno à aulinha de música e ter que pagar lindos micos na frente dos pais para encorajar o pequeno a mostrar o que aprendeu de bom na aula (bater palmas ou dançar, etc).

Cuidar de um bebê significa uma, duas ou três (ou até mais, no início) naps por dia. Ou seja, momentos em que você vai poder sentar um pouquinho para descansar.
No meu caso, minha host deixava separadas leituras selecionadas de livros sobre childcare que ela ia lendo e que gostaria que eu lesse também para me aprimorar. Como eu amo ler, amo babies e cuidados com babies e acho que conhecimento não ocupa espaço, lia com gosto. Era bom “trabalhar” sentada lendo um livro, nem que fosse por alguns minutos. Porque sim, o nap pode durar 2 horas, mas também pode durar apenas 15 minutos. Essa é a parte brava.
Teve uma época em que “meu” baby dormia 25 minutos. Cravados 25 minutos. E acordava. E eu mal tinha sentado, ou estava no meio de uma sessão de lavação de mamadeiras do dia anterior, ou tinha acabado de descer as escadas para pôr o laundry.
Mas depois passou e ele passou a ter padrões de sono. Uma nap grande de manhã e uma de tarde. Então eu podia me programar para fazer o laundry ou cozinhar a papinha dele enquanto isso. Na minha host-casa era assim: tudo era orgânico, então as frutas e verduras tinham que ser lavadas, picadas e cozinhadas por mim, durante o nap (isso quando o bebê passou a fazer naps mais longas).

Cuidar de um bebê tem fases, porque ele vai mudando muito a medida que vai crescendo, e isso no início acontece a cada semana, depois a cada quinzena, depois a cada mês... aos poucos as mudanças vão ficando mais espaçadas. Seu trabalho nunca é repetitivo: tem a fase de olhar o tempo todo para ele não levar nada à boca, tem a fase de começar a dar papinha e ver as caretas ao provar algo desconhecido. Tem que carregar para tudo que é lado, nunca deixar sozinho num cômodo, tomar cuidados redobrados principalmente em casas que tem escadas (basicamente, todas as casas americanas). Tem a fase de encorajá-lo a engatinhar, a andar, e olha, cada proeza que ele faz pela primeira vez é uma mistura de alegria e orgulhinho inexplicável! E é claro, não pode ter nojo de trocar fraldas!
Na boa, quando eu cheguei lá tinha trocado umas... 3 fraldas. Na minha vida inteira! Tentei disfarçar a falta de traquejo e logo, observando e tentando me superar, virei expert. Trocava olhando para ele e fazendo caretas. Trocava enquanto tentava impedir que ele tocasse na fralda suja. Trocava em menos de 1 minuto, isso contando o abrir e fechar de roupinhas. 2 minutos se era um cocô bravo. Rsrs.

Eu morria de medo de que ele fosse engatinhar/andar/falar pela primeira vez comigo e não com os pais... quer dizer, não medo, mas se por um lado queria estar presente quando acontecessem esses momentos importantes, desses que rolam na cabeça da gente ao som da música-tema de ‘2001-uma odisseia no espaço’, achava triste ter que chegar para os pais quando eles me perguntavam como foi o dia e dizer: “foi ótimo! Você nem imagina! O B. finalmente andou hoje!”
Mas confesso que alguma vez (não me lembro qual foi o milestone que ele alcançou) aconteceu enquanto estava comigo e fiquei na minha, não falei nada e esperei que ele fizesse com eles e que eles viessem me contar orgulhosos. Shhh segredinho de au pair.

Para ser au pair de um bebê (na verdade para ser au pair de qualquer criança, mas é especialmente importante quando se trata de um bebê) a comunicação e o bom relacionamento com os pais é fundamental. O pequeno não vai conseguir dizer se já comeu e quanto comeu, se fez cocô naquele dia, se aconteceu uma coisa qualquer. E os pais precisam saber da maior quantidade de detalhes possíveis. Se acontecer algo, digamos o bebê passar mal durante a noite, ou tiver febre, os pais não vão conseguir perguntar para ele o que comeu durante o dia, se dormiu, bebeu água, fez cocô, pegou muito sol, ou se se comportou de maneira estranha em algum sentido. E mais: bebês que começam a se movimentar estão sujeitos a tombos, hematomas e outros machucadinhos diversos, que vão aparecer no corpinho dele. Explique SEMPRE para os pais no fim do dia o que aconteceu, se ele caiu, onde se bateu, enfim. Não espere eles virem questionar nem um “roxo” que apareceu no joelhinho! JAMAIS esconda nenhum tipo de informação dos pais, e não preciso nem dizer né, JAMAIS use de força com um indefeso, seja tapa, beliscão, puxão no braço, NADA! Entendeu? Parece óbvio, mas conheço au pairs que perdiam a paciência e acabavam puxando a criança pelo braço, dando uma palmadinha, etc. Que o bebê não possa contar aos pais não quer dizer que você pode fazer isso só porque não será descoberta (se não tiver câmeras). Isso é uma covardia! NÃO FAÇA NUNCA!
Falando em câmeras. Numa casa em que você, praticamente uma desconhecida, irá ficar o dia inteiro com um baby, acostume-se com a ideia: é bem possível que haja câmeras.
Se seus hosts forem bem abertos irão contar. Mas... não ache que é obrigação deles e muito menos que não é o direito deles instalar câmeras e não te contar! Pense bem: até que ponto você confiaria numa semi-estranha, que agora mora na sua casa, o cuidado com seu pequeno indefeso? E por que eles deveriam, necessariamente, contar que há câmeras? A casa é deles, o filho é deles, e você não deveria estar fazendo nada que pudesse te deixar em “maus lençóis”.
Dica: trabalhe SEMPRE como se realmente tivesse um jogo de câmeras te vigiando em cada cômodo.
A minha host chegou a perguntar, algum tempinho depois que cheguei, como me sentiria se tivesse câmeras na casa. Eu fui bem sincera: era um direito deles, o qual eu compreendia muito bem e inclusive seria uma segurança para mim mesma saber que estavam cientes de tudo que estava acontecendo e caso acontecesse uma coisa qualquer eles saberiam de imediato.
Mas não tinha câmeras. Acho. :)
Ah, e como você vai passar o dia todo cuidando dele, é bem provável que todos ou quase todos seus finais de semana sejam livres. Ou pagos à parte. Just saying.

Enfim, cuidar de um bebê tem muitos aspectos positivos. Para mim o principal mesmo é o companheirismo lindo que você e ele/ela vão desenvolver à medida que o ano passa. 
Tenho uma foto (não posso publicar aqui, pois não acho certo colocar fotos da criança na internet) que para mim é a mais linda de todas, apesar de estar completamente fora de esquadro: quando o B. tinha uns 6 meses, o levei ao parque, estendi uma blanket e tentei colocar a câmera para tirar uma foto de nós dois. No instante da foto, eu olhando para a câmera sorrindo, ele esticou o bracinho e colocou a mãozinha na minha bochecha num gesto imensa doçura. O olhar azul daqueles olhinhos inocentes que a câmera registrou até hoje me enche os olhos de lágrimas só de lembrar.

A parte triste é que o bebê vai crescer e não vai se lembrar. A parte feliz é que você nunca vai se esquecer. Mas isso tudo faz parte da experiência.

------------------------------------------------------------
P.S.: Este post tem vários termos e frases em inglês, que foram incluídos propositadamente. Imaginei que quem lesse iria gostar de ir acostumando a leitura com alguns termos e frases de uso cotidiano, e tem coisas que eu simplesmente –perdoem meu surto saudosista- não consigo traduzir sem fazer perder o sentido. 
P.S.2: Desculpem a extensão, eu me empolgo mesmo. :)
Foto: Eu mesma que tirei, num fim de semana em que viajei junto com eles para as montanhas.

Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial