No meu último post aqui no WallPair, contei um pouquinho sobre como vim parar em NYC. Hoje, estou aqui pra contar sobre como é viver na cidade dos meus sonhos com uma host family holandesa.
Grand Army Plaza - Brooklyn |
No application deles a informação era a de que eles falavam em holandês (Dutch) dentro de casa, mas eram todos fluentes também em inglês. Para alegria geral, até hoje o Dutch não me incomodou nem um pouco. Até aprendi algumas palavras... Mas não me atrevo a tentar escrever... rsrs.
No começo era comum eu "desligar" enquanto eles estavam falando em Dutch perto de mim.
Afinal, eu não entendo de qualquer forma, e acreditem, não existe nada mais cansativo do que tentar entender uma língua que você não conhece. Tudo bem que, nas primeiras semanas TUDO foi muito intenso, e eu ficava absurdamente cansada de qualquer forma. Mas, a grande diferença é que hoje eu me pego tentando entender o que eles conversam em Dutch. Não entendo nada, é claro, mas dou risada quando todos estão rindo na mesa de jantar e aí eles me explicam a piada.
Como sou a primeira au pair, tem sido uma experiência de aprendizado pra eles também, mas como eu já disse, nunca me incomodou o fato deles falarem em Dutch, e quando eu estou por perto geralmente é tudo em inglês. Mesmo morando com uma família que não é americana, meu inglês já melhorou muito, e sempre que converso com gringos, sou elogiada pelo inglês, já que no Brasil eu nunca realmente frequentei um curso estilo Wizard ou CNA.
Outra coisa diferente, não sei se isso é pela nacionalidade dos host parents, ou por morarmos (sentiu como eu já sou de casa?) no Brooklyn, é a comida! No Brasil, era eu dizer que estava vindo morar aqui que eu já escutava: "Se prepare para engordar! Só vai comer besteira..." Amores, besteira eu comia no Brasil... Aqui é tudo orgânico. Muita fruta, carne de boi "grass feeded" (alimentado com grama), ovos e frango sem hormônios, pão integral, queijos importados da Holanda... E tudo isso me fez emagrecer no final das contas. É claro que no fim de semana tem pizza, hambúrguer e sorvete. Mas, que minha alimentação ficou muito melhor aqui, isso é verdade.
De final de semana, sim, minha alimentação fica super americana! |
Bom, eu cuido de três host kids. Um bebê de 7 meses, um menino de 5 anos e uma menina de 6 anos. Esses três tem uma energia e uma disposição que me testa todos os dias. Dizem que as host kids americanas são bem mimadas, mas não acho que seja o caso das minhas. Eles são crianças, então é claro que eles têm os momentos deles de tentar me tirar do sério. Mas nada que seja de outro mundo, ou que eu não saiba como contornar.
Minha rotina é bem puxada durante a semana, o que geralmente me dá os finais de semana todos livres, e morando em NY, é a melhor coisa! Geralmente começo a trabalhar por volta das 9am e nesse horário estou só com o baby. Então grande parta da minha rotina é sair pra passear com ele, dar mamadeiras, trocar fraldas, dar papinha, mais fraldas, dar banho e colocar na soneca. Pego os dois maiores nos Bus Stop depois das 3pm e então levo pro parquinho ou pra casa. As vezes eles tem atividades depois da aula, o que geralmente acaba me deixando por mais tempo só com o baby ou só com duas kids. No final do dia, dou o jantar para os três e normalmente como com eles e a host mom. Sempre procuro cozinhar quando os dois maiores não estão comigo, assim posso fazer tudo com calma.
A janta aqui é por volta de 5:30pm, e normalmente, se o pai e a mãe já estiverem em casa, fico off as 6:00pm. Logo depois do jantar.
Os pais são bem participativos aqui, tanto que eu não costumo fazer a rotina da manhã, de preparar pra escola, e nem a rotina da noite, de dar banho e colocar pra dormir.
Lembrando que isso é um dia normal, letivo. Agora, por exemplo, as crianças estão de férias então muita coisa muda.
Pra levar minhas pra parques, museus, ponto de ônibus da escola ou aula de natação, geralmente vamos ou andando, ou de ônibus, ou de metrô. A melhor parte de morar nessa área do Brooklyn, é que eu estou super bem localizada com 4 linhas de metrô passando praticamente na esquina de casa, 24 horas. Então, mesmo que seja para ir ara a balada (coisa que eu não fiz, já que sou under 21, ok mãe?) não existe nenhuma necessidade de pegar o carro.
Na pior das hipóteses, chamar um Uber é tudo de bom, e resolve a vida se você está hiper cansada e o se transito não estiver caótico.
O lado ruim de não dirigir, é que eu não devo lembrar nem como ligar um carro, já que a ultima vez encostei num volante foi no Brasil.
Mas, mesmo meus host parents, que moram aqui fazem anos, geralmente não pegam o carro pra sair. Metrô é vida em NY e dá pra ganhar muito tempo. Já comparei um percurso da minha casa pra middletown de carro e de metrô, e o metrô é definitivamente mais rápido.
Ponte do Brooklyn |
Impossível negar que eu continuo apaixonada por essa cidade, tanto quanto era antes de vir. Talvez hoje eu seja ainda mais apaixonada, e não gosto nem de pensar em voltar para o Brasil, porque a ideia de ter que sair daqui é terrível. Pelo menos por agora.
Vamos ver como vai ser daqui mais um tempo.
Enfim, tentei resumir ao máximo para não ficar cansativo para vocês, mas poderia tagarelar sobre cada tópico por dias.
Se você que está lendo tem essa paixão por NYC, assim como eu, ou gostaria de saber algo especifico sobre uma família não americana no programa... Seja qual for sua dúvida ou sugestão, é só comentar ali embaixo! Terei o maior prazer em responder.
New York continua incrível. E meu Dutch continua péssimo.
Obrigada pela atenção, e até agosto!
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