26/06/2016

Passaporte: como tirar?


Oiii Amores,

Tudo bem com vocês???

Hoje eu vou explicar um pouquinho de como tirar o passaporte.


Vamos lá?



Então amores, pra tirar o passaporte primeiro de tudo você precisa entrar nesse site:

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>  http://www.pf.gov.br/servicos/passaporte/
>
>

2º passo: clica em - Requerer passaporte

3º passo: Solicite a emissão do passaporte
 - nesse passo existe várias abas para preencher, você vai preenchendo e confirmando, lembrando que não pode ser omitido nada e confirme sempre se os dados estão corretos.
 - Nessa etapa você já irá colocar o local mais próximo que você deseja ser atendido.
4º passo: Depois de ter preenchido todo o cadastro você irá emitir a GRU -  o boleto de pagamento do passaporte.
5º passo: marque o dia e a hora para o atendimento. (Lembrando que será no lugar escolhido do 3 passo)
6ºpasso: vá até o posto de atendimento com todos os documentos necessário que é exigido.
 - a listagem dos documentos exigidos está nesse link:
http://www.pf.gov.br/servicos/passaporte/documentacao-necessaria
7ºpasso: só buscar seu passaporte e Boa viagem!!!!

Minha experiência:


Eu precisei remarcar meu atendimento pois fiquei muito doente no dia que era pra eu ter ido, só é permitido dois reagendamentos, ai se acontecer de ter uma terceira tentativa é bloqueado o cadastro até o termino do prazo de 30 dias e ai você precisa fazer todo o processo novamente.


O Posto que eu escolhi não podia ter acompanhantes, então minha irmã e mãe tiveram que esperar lá fora.

Levei todos os documentos possíveis como se tivesse indo para o consulado e por via das dúvidas levei uma cópia de cada.

Tudo super fácil, agora é só esperar o dia de buscar. =))

Espero que gostem do meu resuminho!
Boa sorte


XoXo

23/06/2016

It's Vegas, baby!

Hoje vou falar sobre a viagem que fiz para Las Vegas, que foi seeensacional, aquele lugar é demais, sério, todo mundo precisa ir pra lá e eu preciso voltar!

Eu tinha acabado de chegar aqui nos states, mas antes de vir minha host family já tinha avisado que tinha uma viagem para a Disney planejada e não poderia me levar junto, e então eu estaria livre pra voar!

Como meu namorado já estava morando aqui e a gente estava a 9 meses sem se ver, resolvemos planejar uma viagem para essa minha semana off. Pesquisamos algumas coisas, mas o que mais se encaixava (valor e diversão) era Vegaaas!

Compramos tudo pelo site expedia, passagem ida e volta e hotel de 22 a 28 de maio (recomendo, tem pacotes com valores em conta, mas leiam tudo antes para não ter supresas na hora de pagar), pegamos o avião em Newark e partimos para Vegas (tivemos que fazer paradas na ida e na volta, por ser pacote mais barato e talz, mas nessa vida de au pair passar perrengue faz parte, o importante é viajar!)




Ficamos hospedados no hotel Flamingo, gostei bastante do hotel, é bem localizado, perto das principais coisas, então dá pra fazer tudo a pé, quando precisa de carro o uber fica bem barato.

Os hotéis/cassinos são lindos, vale muito a pena fazer a caminhada pela strip e ir entrando nos hotéis para conhecer, um mais lindo e gigante que o outro, eles tem uma estrutra fora do normal, fica até dificil de explicar.

Eu entrei nos principais/mais famosos hotéis que ficam na Strip, não sei se consigo lembrar de todos, mas os que lembro são Bellagio, Caesers Palace Paris, New York New York, MGM, Venetian, Mirage, Luxor, é legal entrar e ver a decoracao porque cada um tem um "tema" e os casinos são lindos demais, vale muito a pena, também fui dar uma olhada na loja do M&M'S e da Coca (tem o urso da coca que é fofo demais tirando foto com o a galera).



Quando eu fui já estava no início do calor então estava beeeem quente, conseguimos aproveitar a piscina do hotel e as pool parties (que foi sensacional).

Para dar uma resumida nosso roteiro foi conhecer os hotéis/cassinos, fomos no cirque du soleil do MGM, fomos dois dias na pool party da Wet Republic, na night fomos na Omnia e na Jewel, e fomos conhecer a Freemont Sreet, que vale a pena também, e uma rua coberta por um teto de led, tem uns restaurantes diferentes e umas bandas tocando em uns palcos que tem na rua.



Dicas: VÁ! pare para assistir a fonte do Bellagio; se for no calor, vá em pool party (da wet republic eu amei, tinha ido em outra que nem lembro o nome mas nem gostei), faça esquenta porque a bebida nas baladas é suuuuper cara hahah, se conseguir assista um espetáculo do cirque du soleil é incrível e ande por tudo lá porque vale a pena.

Eu vou voltar porque eu adorei aquele lugar e ainda tem algumas coisas pendentes da minha lista para fazer por lá e eu volto para contar!

19/06/2016

Ficar ou não com a mesma familia???

Ficar ou não com a mesma familia???
 Antes de eu começar o post de hoje, gostaria de desejar à todos os pais um Feliz dia dos Pais! Não é dia dos pais no Brasil, mas aqui nos Estados Unidos eles comemoram em Junho e não em Agosto :).

  Bom, um assunto que atormenta as (os) au pairs no final do primeiro ano é: FICAR OU NÃO com a mesma familia? Todo mundo, ou quase todo mundo ficou com essa dúvida. Eu mesma passei por isso. ;p

 Logo quando chega a carta da extenção começa a dúvida, e eu acredito ser de extrema importância você ponderar e saber o que é melhor pra você. Não escute os seus amigos e nem a  sua familia. Decida por VOCÊ, porque só nós sabemos o que passamos nessa vida de au pair.

 Sendo assim é muito pessoal saber qual desição é a melhor a se tomar, mas eu tenho uma opinião pessoal sobre esse assunto.

 No primeiro ano de au pair estamos ansiosos e TUDO é novidade nessa vida. A familia por sua vez também tenta ser agradável ( claro que não é regra). Mas algo misterioso cerca todos...rsrsr...e quando vai chegando perto do final do primeiro ano todos já se conhecem bem e parece que toda aquela educação do começo não existe mais. É exatamente igual quando você tem uma visita em casa, você é educado e  mesmo que algo saia como você não espera, você mantem a educação e passa por cima. A mesma coisa acontece no ano de au pair. Mas no final, a familía e a au pair já estão cansados e parece que todos os defeitos e tudo o que você faz já não agradam mais e toda aquela polidez vai pro saco.

 Eu falo por mim, estava muito cansada no meu primeiro ano de au pair, e fiquei com medo por conta desses fatores de que se eu ficasse com a mesma familia, talvez entrasse em rematch no meu segundo ano. Claro que outros fatores foram determinantes, como por exemplo o lugar onde eu morava. Eu nunca gostei da California e não queria continuar morando de jeito nenhum em San Francisco. Eu queria morar à todo custo na Costa leste, especialmente em Ny, e cá estou. :)

 Vocês precisam primeiro ter em mente se vocês estão felizes com o emprego de vocês ( familia X lugar onde moram) e se querem isso pro segundo ano de vocês. Não pensem nas regalias, se a familia te da isso ou aquilo. Pensem na sua felicidade e se você aguenta estar naquele lugar por mais 6,9 ou 12 meses. Não pense na sua Host Family, porque se eles nao quiserem mais você, eles simplesmente pedem rematch sem dó, então não queiram agradar ou não fique com medo do que eles vão pensar.

 Não tenham medo de mais uma mudança e que talvez não dê certo. Alias, ate tenha medo, mas enfrente mais uma vez. Eu mesma fiquei com medo de arriscar, mas rematch esta aqui pra isso, não deixe que o medo de impeça de tentar. Você pode perder coisas boas, mas outras podem compensar.

 Eu tenho amigas que ficaram com a mesma familia e estao/ foram felizes. Outras ja estao de saco cheio. O segundo ano é MUITO dificil. Então não deixe o comodismo decidir po você. As vezes mudar é preciso.

 Seja MUITO feliz na sua escolha, ninguém vai poder decidir por você. Coloque tudo na balança e pense com carinho. Eu não me arrependo de ter mudado e eu mudaria de novo se fosse possivel. Boa sorte! :)


18/06/2016

O valor da dificuldade


     Olá pessoal, me chamo Regiane, tenho 24 anos, sou do Interior de São Paulo e hoje estou morando em Carmel – IN. Como meu primeiro post no Blog eu vim compartilhar um pouco sobre minha experiência e o valor que eu aprendi com ela para que sirva de exemplo para nossas situações difíceis.



   Essa semana eu completei um mês, e diante desse tempo cada dia para mim foi um momento de luta. Ao chegar aqui e viver esses primeiros momentos deste intercâmbio, ao estar diante de uma família que não e' sua, fui passando a dar valor a cada detalhe da minha vida, foi tempo de compreensões  e conhecimento. Foi tempo de aproximação com aqueles que eu estava mais distante em minha família, foi tempo de dar valor a cada sacrifício que eu fiz. Tempo de chorar, aquele choro de lavar a alma sabe? tempo de sentir a falta do conforto de um abraço e de suas amizades. De saudades de casa e do namorado. De sentir medo e  insegurança. Tempo de ser forte e erguer a cabeça. Tempo de não desistir e buscar o melhor. Tempo de conquista e de vitória. E', todo dia uma vitória.

   Eu tive uma adaptação difícil aqui, com a família, com a cidade, com a falta de amizades e da minha liberdade, cada dia para mim e' incerto, eu não sei se fico ou se saio, se tento outra oportunidade ou se volto para casa. Eu aprendi a ter fe', mais fe'. E a fazer a minha parte, para que Deus faça a dele. Estou vivendo um sonho diferente do que imaginei e das expectativas que eu esperava, as vezes sinto-me culpada pela minha ansiedade, ah ansiedade. E ai eu me pergunto;  Onde foi que eu errei?  
   Mas tudo se torna da maneira que a gente enxerga e diante de tudo isso eu quero enxergar coisas boas e soluções para que eu consiga ter uma experiência feliz e da maneira que sonhei.
   E o que eu tenho a dizer com isso e' que nada na nossa vida e' fácil, ninguém prometeu que seria fácil e se queremos resultados temos que lutar, então faça as coisas com sabedoria, faça sua tarefa e espere pelo dom.




Bom pessoal, por hoje e isso e espero voltar mês quem vem com muitas novidades!
Ate a próxima ! ;)

16/06/2016

O temido VISA

Rélou, wallperianos!

Hoje não é sexta-feira (o dia do visto foi :s), mas é dia de loucura, dia de maldade. Dia de não saber como preencher o DS-160, dia de chorar, dia de não saber se põe que está desempregada ou não, se é você, seu pai ou a agência que está pagando seu programa. É dia de loucura, de se tremer inteira pra tirar uma foto e colocar a digital. É dia de maldade dos guardinhas do consulado pedirem pra você tirar o casaco no "calor" de 6ºC de São Paulo, dia de esquecer o inglês na hora de falar com o cônsul...



Pois bem, comecemos do início.
Tive meu match no dia 11 de maio deste ano, esperei mais ou menos uma semana para meu DS-2019 chegar, e a agência me deu duas opções: ou eu preencheria tudo by myself ou pagaria 200golpes reais a mais pra eles preencherem. Bom, em tempos de dólar a quase 4golpes reais, adivinhem minha escolha...
Mas como eu não queria ir sozinha para São Paulo e uma amiga tinha acabado de ter o match dela, resolvi esperar o pack dela chegar para podermos agendar juntas toda a bagaceira.

Começamos a preencher as coisas, e já surgem 72397426 dúvidas, ai pesquisa no google, joga no grupão e em grupos do whats, fala com gente que já preencheu... Até que encontramos um blog que ensinava o passo-a-passo. Foi nossa salvação, e mesmo com isso ainda surgiram dúvidas, porque a maioria das meninas tira o visto de au pair como o primeiro visto, mas o meu não era, e quando selecionei que já tinha tirado visto, aparecem mais mil coisas pra preencher, e assim o dilema segue.

Terminamos de preencher tudo, demos o submit e agendamos o CASV (mais conhecido como o lugar onde tira foto e coloca digital) para dia 09/06 e o Consulado (mais conhecido como uma morte horrível) para dia 10/06.
Chegamos em São Paulo na quinta por volta de 13:30h e fomos direto pro CASV que estava agendado para as 16:30h, mas assim que chegamos já entramos e não demorou 15min lá dentro, fomos direto pro hostel e ficamos por lá o resto do dia porque estava um frio docaralho! No dia seguinte acordamos as 5:30h, pois nossa entrevista estava agendada para as 8:30h e tem que chegar com uma hora de antecedência, aí é só fazer as contas do trânsito de SP.



 Passamos pelo primeiro guichê, onde eles já separam os documentos obrigatórios, depois fomos pra fila onde vai passar por um detector de metais, e ai, serumaninhos, foi uma morte lenta! No frio de 6fuckingºC de SP o guardinha passa entregando uma bandeja e pede para que tiremos nossos casacos e coloquemos dentro da bandeja... sim, eu tremia... E pra ajudar, a hora que passei pelo detector, ele apitou, tive que voltar, TIRAR A MINHA BOTA (sinônimo de ficar descalça) para passar novamente... Enfim, viram que eu não queria matar ninguém, fui pro próximo guichê, me orientaram a entrar numa fila e aí eu já achava que era a hora...



Cheguei e “Bom dia! :DD” entregando meus documentos e o cara não me respondeu e nem olhou na minha cara, logo pensei “fudeu”. Mas ele ficou lá olhando os papéis e digitando, me devolveu as coisas sem falar nada e eu fiquei com cara de “???”, e fui perguntar pra mocinha que organiza as filas, e ela falou que agora eu ia pra fila da entrevista. Aí o coração acelerou, a perna bambeou, boca ressecou, mas segurei nas mãos de Deus e fui.

Entrei numa fila onde eu era a próxima, e na minha frente um casal de senhores e o cônsul fazendo vááááárias perguntas em inglês, eles saíram, e uma mulher entrou na minha frente e parecia que ia entregar algo para o cônsul. Aí olhei pra mocinha de novo, e ela me trocou de fila, deu nem tempo de respirar e já era minha vez. Minha entrevista foi com uma consulesa que eu acredito que estava aprendendo os paranauê todo, porque ficou um outro cônsul ao lado dela o tempo todo.  E foi assim:

Eu: Bom dia! :DD
C: Bom dia! :)
- Entreguei os papéis e ela ficou falando com o outro cônsul. Aí ela falou algo, só que o som estava desligado, avisei e ela falou de novo.
C: Vamos verificar suas digitais. Coloque a mão esquerda.
-Digitou alguma coisa.
C: Pra onde você vai?
Eu: Mount Pleasant, South Carolina.
C: Já trabalho com crianças?
Eu: Sim. Já trabalhei em uma escola de ensino fundamental com crianças de 6 a 11 anos e também já fui babá de duas meninas.
C: Ah! Então você já foi babá?
Eu: Sim :)
C: Você fala inglês?
Eu: Yes! (A partir daqui foi tudo em inglês).
C: Qual a idade das crianças que você vai cuidar?
Eu: 9,7 e 3 anos.
C: A família te explicou que você vai ficar responsável pelas crianças?
Eu: Sim.
C: (Ela já estava carimbando o DS, mas o cônsul falou algo, aí ela perguntou) O que vai fazer quando voltar?
Eu: Eu quero fazer minha pós-graduação.
C: Em quê?
Eu; Em Ciências Forenses.

Ai ela me entregou as coisas, me entregou um folhetinho e falou que ali fala meus direitos, e se eu tiver algum problema é pra eu ligar pros telefones sugeridos.

C: Seu visto foi aprovado!
Eu: Thank you!
Have a nice day, bye bye! :D
C: Bye bye! :D

E assim, o que era pra ser uma morte lenta e dolorosa, se tornou em saltitos felizcontente com o famoso “I HAVE A MATCH AND I GOT MY VISA”!



350kg saíram dos meus ombros, e mais um passinho rumo ao meu sonho foi dado! E ontem (15/06) já chegou meu passaporte *-------*

Mas é isso aí, wallperianos, quando dizem que é uma montanha russa de emoções é porque não existe outra explicação melhor pro que sentimos. A cada momento é uma emoção e um sentimento. E eu não vou dizer pra vocês “não fiquem nervosos, lá é super tranquilo”, pois além de ser clichê demais, uma das coisas mais legais é passar por toda essa loucura de sentimentos, viver cada momento e sentir a adrenalina de um sonho se realizando.

Agora o próximo passo é arrumar as malas e embarcar!

So, Bon Voyage!

XO

14/06/2016

Meu ilustre vizinho Bill Clinton


Para iniciar as minhas postagens no blog, achei melhor começar pela história mais cômica/trágica que eu vivi nos EUA.

Eu morava em uma cidade chamada Chappaqua, a 50 minutos de Manhattan, portanto suburbio como costumamos ver nos filmes, com jardins na frente da casa, cerca viva, casas enormes e muuuuitas árvores, por todo lado, confesso que no outono isso era o que mais me agradava, mas deixa as estações de ano para outra postagem.

Eu havia chego na casa dos hosts há 3 dias e fui em um college, dirigindo completamente sozinha, para fazer o placement test, já que eu gostaria de iniciar o curso de inglês o mais rápido possivel. Eu dirigia muito mal, havia tirado a habilitação no Brasil,mas não tinha prática, então dirigia bem devagar.
Fiz o test no college, peguei todas as informações e voltei dirigindo pra casa, as cidades eram próximas, então não tive maiores problemas em chegar em Chappaqua, mas quando cheguei, não lembrava aonde ficava a entrada para a minha casa e, sem saber dirigir muito bem, fiquei nervosa.

Eu sabia que estava próximo de casa, então entrei na primeira rua que vi, anotei o nome da rua pra ligar pra host e perguntar como chegar em casa, parei o carro e liguei pra ela.
Eu: I´m lost (sic), I´m at old house street
Host: Don´t worry, you are close, take the 117 road again and turn the first street on your right
Eu: thanks

Liguei o carro, fiz o retorno e peguei a 117 de novo, quando de repente, vi DOIS carros de polícia atrás de mim, fiquei um pouco mais nervosa, pensei comigo, "estou dirigindo muito devagar e os caras podem ficar nervosos com isso" resolvi sair da frente deles e entrei em qualquer rua pra deixar eles passarem e pra minha surpresa os policiais pararam atrás de mim.
Fiquei muito mais nervosa, nunca tinha sido parada por policiais no Brasil e não fazia idéia de como agir, resolvi sair do carro pra pedir ajuda a chegar em casa.
Um deles desceu do carro e começou a esbravejar comigo, parecia um pitbull latindo. Imaginem vocês, eu estava nervosa porque estava perdida, nervosa porque estava em um país estranho para a aventura da minha vida, nervosa porque estava dirigindo e não tinha muita experiência, nervosa porque não falava inglês e tinha uma dificuldade enorme em entender o que as pessoas diziam e agora, estava sendo parada pela polícia pela primeira vez na minha vida.

Travei e não entendia nada do que o policial me perguntava, e ele também não ajudava muito esbravejando daquele jeito. Eu repetia a todo momento : I´m au pair, I´m lost (sic), could you help me to go home?

Até que ele viu que eu não falava muito bem o inglês e perguntou se eu falava espanhol, nesse momento começou a minha verdadeira aventura around the world, segue diálogo:

Ele: do you speak spanish?
Eu: No, but I understand

Então ele começa a perguntar em espanhol e eu a responder em inglês, como eu não sei escrever em espanhol, vou deixar a parte dele em português mesmo rss

Ele: aonde você está indo?
Eu: to home (sic)
Ele: Aonde você mora?
Eu: (dei meu endereço)
Ele: me dá os seus documentos

Eu mostrei a minha habilitação internacional e enquanto ele falava comigo, havia um outro policial olhando com uma lanterna dentro do meu carro. Enquanto eu repetia que eu era au pair e estava perdida, se ele poderia me ajudar a chegar em casa, ele leu na minha habilitação que eu era brasileira, então o tom de voz mudou, de pitbull ele passou a ser um doce gatinho, quase manhoso.

 Ele: ohh, are you brazilian?
Eu: yes
Ele: há quanto tempo você está nos EUA?
Eu: one week
Ele: não se preocupe, nós vamos te ajudar a chegar em casa
Eu: Thanks a lot (quase chorando de nervoso)
 Ele mandou o outro policial ir embora e fez sinal de que estava tudo bem, então o outro carro que acompanhava o primeiro foi embora. Fiquei esperando ele terminar de anotar os meus dados, os dados do carro pra confirmar a minha história e então ele perguntou se eu sabia o que eu havia feito de errado, mais uma vez eu falei errado e disse: I don´t have any idea. Ele me disse então que eu havia parado em frente a casa do ex presidente Bill Clinton, com o meu Mazda ano 92 e os seguranças acharam que eu era um carro suspeito e chamaram a policia pra averiguar.
Nunca mais entrei naquela rua.

11/06/2016

Primeiras impressões – Primeira homesick - O que vim fazer aqui?



O intercâmbio não é fácil... Já começo com essa frase porque ando repetindo ela todos os dias desde que cheguei aqui e também estou respondendo pra todo mundo que me pergunta: “como está ai? Que vidão!” Estou há três semanas nos Estados Unidos e há duas semanas na casa da família. A host family é ótima (mas será difícil se sentir confortável como você se sente com sua verdadeira família. Sei que você já deve ter ouvido isso de todas as au pairs, mas quando chegar aqui vai realmente entender), e as crianças são... Crianças. Querem brincar, fazer coisas novas e sua atenção. E eu sou uma só, então cuidar de três tem sido cansativo. Quando chegar aqui, dormir depois das 11 pm será "late" pra você. (principalmente se você for começar a trabalhar 6h30 da manhã, como eu hahhahahahhaah).

Bom, mas sem me estender mais... O tema dessa postagem é pra falar sobre minhas primeiras impressões... Pelo começo, vocês já sabem que não anda fácil. Então um conselho: viva cada dia, não pense no futuro para não enlouquecer (eu penso MUITO no futuro, então por isso sofri bastante nos primeiros dias). Aproveite ainda mais a semana do treinamento. Sério, foi meu melhor momento até agora. Foi cansativo? Muito! Mas estar com outras au pairs é maravilhoso. Apenas elas entendem todo esse misto de sentimentos desse intercâmbio e são amizades que você vai levar durante todo o seu ano.



Miguxas auperianas no treinamento. Todas brasileiras porque noix se ama e não se desgruda <3

Treinamento encerrado, partiu casa da hostfamily. “AI ANA, COMO FOI?”. Normal, sim, normal. Minha host mother foi me buscar em Stamford, Connecticut e viemos para “casa”. Viemos conversando no caminho e inglês beeem travado (assunto para outro post. A viagem durou umas 2h30 mais ou menos - pegamos MUITO trânsito). Chegando aqui, kids, hostfather e uma pizza me esperavam hahaha. Fiquei um pouco com eles, conversamos, brinquei um pouco com as kids e subi pro quarto. Foi aí que caiu a ficha e pensei: o que vim fazer aqui? O que eu estava pensando? A ex au pair ainda colocou fotos na parede com fotos minhas e da minha mãe e aí já viu: só chorei. Chorei, chorei e chorei. Se me perguntassem algo naquela hora, só queria voltar pra casa. Essa foi a primeira vez que chorei desde meu embarque, nem na hora de me despedir eu chorei. A ficha realmente tinha caído.

Dia seguinte, ex au pair em casa para me ensinar as coisas. Olha, me considero muito sortuda, porque moro numa cidade pequena, mas tem tudo aqui, além de ter mais de cinco au pairs! Sendo duas brasileiras (e a ex au pair, que também é brasileira, se casou e mora perto). Gente pra sair comigo e me tirar da fossa da homesick não falta e é isso que está me salvando (e as Pringles, oreos e m&m’s também hahaa). Primeiros dias é sempre muito difícil em qualquer lugar, mas considere que longe da sua família, da sua casa, de amigos e de todos... é mil vezes pior. Então poder contar com outras pessoas nesse momento e ficar junto de brasileiros, é melhor ainda. As vezes, tudo o que eu mais quero é falar português, e ter gente pertinho de mim pra falar, ao vivo e a cores, melhor sensação do mundo! Bom, já estou há duas semanas aqui na HF, estou me adaptando a rotina, já comecei a academia (temos que nos manter ocupados, principalmente no começo para ficar mais fácil) e agora já consigo me sentir um pouco mais em casa. Sai todos os fins de semana, fiz uma pequena trip pra outras cidades próximas... tô aproveitando. Me chamam pra ir até a esquina e eu vou! Nunca saí tanto hahaha. Não fiquem em casa! Fujam da homesick hahaha. Depois desse chororô no primeiro dia, tive uma outra crise, mas dessa vez mais leve hahaha. Chorei um pouco, mas logo depois me arrumei e fui direto pra academia gastar minha homesick por lá ( ah, ainda não consigo fazer Skype/ facetime com minha família, sinto que vou desabar, entãooo, melhor evitar) com minha amiga/ au pair/ vizinha/ brasileira. Outro conselho: levem em conta na hora de escolher a família se existe au pairs nas redondezas. Sério. Elas vão te ajudar e apoiar mais que tudo! Você vai estar mais com elas do que com a família. Então é isso gente, vou encerrar por aqui se não fico até amanhã falando... Big beijos.

Ah, eu sempre posto fotos no INSTAGRAM e mostro minha rotina lá no SNAPCHAT (inclusive mostro as hostskids pegando no pesado e lavando a louça, limpando o chão, guardando os brinquedos hahahha fazendo birra também). Me sigam por lá: apaulascunha (nos dois).


Beijos!!

10/06/2016

O que levar na mala para o intercâmbio

Hello Folks! Tudo bem?

Meu nome é Bruna e este é o meu primeiro post aqui no Blog. Sou au pair nos EUA desde setembro de 2015 e gostaria de dividir algumas experiências com vocês J

Neste meu primeiro post vou falar um pouco sobre o que levar na mala para o intercâmbio, espero que ajude. VAMOS LA!



Primeiro vamos a 3 dicas super importantes:

1.       Desapegue

Você não terá como levar TODA A SUA COLEÇÃO DE SAPATOS, roupas de balada e bolsas. DESAPEGUE! Faça uma lista por categorias do que REALMENTE é necessário levar na mala (vou te ajudar abaixo). Uma ideia seria fazer um bazar com as amigas e conseguir um “dinheirinho” extra para comprinhas nos EUA ou mesmo doar <3 (eu doei várias roupas e não me fizeram falta).

2.       Limite de bagagem

Antes de pensar o que vai ou não na mala, verifique qual o limite de bagagem para as companhias aéreas. Visite os sites das empresas e informe-se; veja o limite de peso que é permitido para o vôo internacional da empresa que você vai viajar (American Airlines possui diferente política de bagagem de mão comparada à TAM por exemplo). Não esqueça de verificar também sobre o limite de bagagem para o vôo doméstico dentro do Brasil (exemplo se você mora em Curitiba e precisa ir para São Paulo para o vôo internacional) e também MUITO IMPORTANTE: verifique o limite de bagagem para os vôos domésticos nos EUA (exemplo, se você vai fazer o treinamento em New Jersey e sua host Family mora na Califórnia você precisara viajar com vôo doméstico dentro dos EUA e a política de peso de bagagem É BEM DIFERENTE. Não corra o risco de ter de pagar taxas extras. Ainda mais com o dólar a preço de ouro!

- Difícil!


3.       Faça listas por categorias

Tenha um caderno ou use seu celular com o título das categorias que você acredita ser mais importantes e vá completando com antecedência ... algumas vezes lembramos de algo e é bom ter este caderno por categorias (ou mesmo o bloco de notas do seu celular) para ajudar. As categorias podem ser: roupas para trabalhar, roupas para a estação que você vai chegar nos EUA, produtos de higiene pessoal, sapatos, acessórios, remédios... Você também poderá compartilhar estas listas com outras amigas au pairs que você conhece e checar se não esta esquecendo de nada na sua lista.

Ok! Mas o que devo levar na mala? Vamos ao que interessa =)

Com base em minha experiência pessoal e consultando a opinião de outras au pairs segue a lista abaixo de coisas indispensáveis para trazer na mala:

(Que seriam paciência, determinação, foco e um saco novo para quando o seu ficar cheio... hahaha)


Brincadeiras à parte, vamos a lista:

1.       CASACOS

Se você vai morar em um local que neva, nenhum casaco no Brasil vai fazer você suportar o frio. Então traga umas blusinhas básicas para colocar por baixo e compre um bom casaco de neve aqui (e sim vai custar caro, mas será uma vez na vida!) Além disso casacos são pesados e sua mala poderá exceder o peso de bagagem. Dica – se você for trazer casacos ou blusas use aquelas embalagens a vácuo para viagem elas vão possibilitar que você tenha mais espaço na mala. Dica 2 – não esquece de levar um casaco para o vôo pois dentro do avião é frio e o vôo é longo.

2.       SAPATOS

Como eu já disse, DESAPEGA! Sapatos ocupam muito espaço na mala. Traga um sapato de salto que combine com tudo, havaianas, rasteirinha, sapatilhas, tênis e uma bota (eu não trouxe tênis e vim com a bota no vôo pois ocupa muito espaço na mala. Comprei o tênis aqui que é muito mais barato e ótima qualidade) – Dica – se você vier com a bota no vôo para os EUA saiba que você terá de tirar a bota em praticamente todas as inspeções de segurança no aeroporto para verificação, além disso se você tirar a bota durante o voo para relaxar os pés, as vezes seu pé poderá inchar e não vai caber na bota – triste, mas real).

3.       ROUPA PARA TRABALHAR/ FICAR EM CASA

TRAGAM! Eu não trouxe muita roupa para trabalhar e tive de gastar meu suado dinheirinho com estas coisas e me arrependo. Traga roupas confortáveis e adequadas para trabalhar com as crianças.  Calça Legging e camiseta são os “uniformes” preferidos das au pairs haha. Dica – calça legging aqui não tem muita qualidade e as que não são ruins são caras, então tragam!

4.       ADAPTADOR DE TOMADA

Traga por precaução. Lembre-se que o adaptador deve ser do padrão do país que você está indo fazer o intercâmbio (ÓBVIO).


7.    BIQUINI

Traga a parte de baixo que possa combinar com várias cores. Aqui a parte de baixo dos biquínis e enormeeeee mas a parte de cima você encontra facilmente e são lindas =) – Dica – biquíni brasileiro não é convencional aqui nos EUA, tenha isso em mente quando estiver trabalhando com as kids. Eu trouxe um short preto para usar por cima do biquíni e evitar constrangimentos com a família.


  .  CALCINHA
 
     SIM! Aqui nos EUA temos dois tipos de : ou é fio ou é calçola de vó. Algumas lojas você até encontra calcinhas boas com promoção, mas dependendo do local que você vai morar pode ser difícil encontrar, então melhor garantir e trazer. – Dica – comprar calcinhas na victoria's secret. Faça o cartão e ganhe descontos ou compre pela internet. 

.    SUTIÃ
        
      Não precisa. Aqui tem vários, são lindos e vestem bem. Claro que você precisa trazer alguns, mas não precisa ficar louca com isso não.


8.       MEIAS

Eu comprei um kit daquelas brancas e trouxe. Aqui as meias são ótimas e fáceis de encontrar. Trouxe uns 6 pares e foi suficiente para o início.

9.       KIT DE UNHA E ESMALTES

    Tragam o básico, mas não esqueçam o alicate. Tragam esmaltes também... eu não gosto muito dos esmaltes daqui e os bons são caros. Eu estou aqui a 8 meses e ainda tenho esmaltes que trouxe do Brasil e paguei 3 reais. Então vale a pena.

10.   REMÉDIOS

Tragam! Eu trouxe váaarios dos meus medicamentos na mala despachada. Eu fiz o seguinte: fiz a lista de todos os medicamentos que uso e depois fiz uma consulta no meu médico e ele fez uma receita de um ano para mim de todos eles... alguns médicos não fazem receita para um ano, mas não custa tentar... aqui nos EUA esta receita não vale muita coisa, pois deve ser em inglês mas para mim foi  uma segurança a mais; visto que trouxe MUITA medicação. Além disso, meu médico me passou a receita com nome de medicamentos que existem nos EUA e assim fica mais fácil eu encontrar aqui.
Minha experiência com medicamentos nos EUA não foi muito boa, os remédios para gripe aqui não fizeram muito efeito comigo, então se você usa alguma medicação que é ótima para você como para dor de cabeça, febre, dor no corpo, resfriado, soro nasal, remédio para cólica ... TRAGA! Algumas meninas trazem antibióticos e vários anticoncepcionais também. Agora vitaminas, remédios para estomago etc... tem vários aqui e você compra tudo sem receita.

11.   CHAPINHA E SECADOR

Se você sobrevive sem chapinha e secador umas duas semanas (o que não é meu caso) você poderá comprar aqui bem baratinho e não trazer tanto peso na mala. Agora se você for como eu que NÃO PODE FICAR SEM SECADOR, traga um pequeno. –Dica – chequem a voltagem dos aparelhos entes de trazer pois as tomadas aqui tem voltagens diferentes, se seu aparelho for bivolt é ok trazer =)

12.   ABSORVENTE

Meninas, pode ser que vocês estranhem um pouco o tamanho do absorvente aqui ou se confundam com tanta opção, então para evitar isso tragam um pacote de absorventes para o primeiro mês. – Dica – quando for comprar absorvente verifique o tamanho nos desenhos da embalagem e compre o menor de todos. Acredite em mim, o menor ainda será grande ;)

13.   COMIDINHAS DO BRASIL

Sim ou Sim? Uma das coisas que você vai sentir mais falta (depois de sua família, amigos e seu gato... no meu caso) é da comida brasileira. Ok que você não poderá trazer feijoada e o pão da sua vó na mala, mas você poderá trazer umas comidinhas que te lembrem a nossa MARAVILHOSA culinária =). Minha dica é: pão de queijo, café, bis, seu biscoito recheado favorito.

IMPORTANTE RESSALTAR:

A quantidade de coisas que você irá trazer depende também dos seus objetivos. Se você quer viajar e estudar não terá como gastar HORRORES comprando roupas certo? Agora se seu objetivo e renovar seu guarda roupas, este e o lugar!



E não se preocupe você sempre vai sentir aquela sensação de que esqueceu de colocar algo na mala


E no final vai perceber que esqueceu mesmo.

Mas esta tudo beeem você vai sobreviver!

Espero ter ajudado,
Qualquer dúvida me perguntem nos comentários =)

Com amor,
XO

Bruna Gonçalves
Instagram: @_bruna_g






09/06/2016

Mãe, Quero ser Au Pair!

Mãe, Quero ser Au Pair!
Como já tinha falado antes, quando soube do programa por uma amiga da faculdade, em 2014, eu não tinha o inglês avançado nem a CNH.  Eu corri e tirei minha Habilitação e continuei a estudar inglês. Até que: em maio de 2015 decidi. VOU SER AU PAIR.



O fato de contar pra minha mãe foi o mais complicado. A nossa conversa foi basicamente assim: (ela é o vermelho e eu o azul)
“Mãe, sabe a Mari? Aquela da faculdade que a gente se parece? Então ela tá nos EUA como Au Pair, e quero ir também.”
“Mas o que é isso? E a faculdade?”
“É um programa de intercambio, eu fico um ano nos EUA cuidando de crianças. Eu trancarei a faculdade e depois voltarei pra terminar.”
“Ai Meu Deus. Não faz isso comigo, você quer me ver morta né? E se eles mentirem? E se eles quiserem te sequestrar? E se for trafico de órgãos?” (UM MILHÃO DE “E SE...”)
Respondi todas as perguntas apenas com uma resposta: “Mãe é tudo regulamentado pelo Governo Americano, se você quiser, você pode conversar com a Mari e vou te inscrever na Palestra Informativa da Cultural Care.”
Claro que minha mãe já estava com os olhos cheios de lágrimas, mas eu perdi minha paciência e fui pra aula. Gente se ela ficou assim com o intercambio, imagina quando eu falar sobre outros assuntos mais profundos... (GRITOOOOO)

Após a palestra, ela ficou bem mais tranquila, ela pôde esclarecer todas as duvidas e etc... Por isso eu dou-lhes uma dica: Se seus pais não aceitarem bem o programa, inscreva-os na palestra da Cultural Care , isso pode mudar a cabeça deles, assim como mudou a cabeça da minha mamis.
Depois disso houve um perrengue: Não tinha a CNH definitiva e por isso enrolou muito meu processo, mas só contei pro meu pai depois que eu entrei na GAP que foi em janeiro desse ano.
MAS GENTE, MAIS UMA VEZ EU FALO ISSO: NÃO CONTEM PRA FAMILIARES/COLEGAS/AMIGOS QUE NÃO SÃO TÃO AMIGOS/QUALQUER UM QUE POSSA BOTAR OLHO GORDO NA PORRA TODA.
O importante é seus pais e no máximo seu namorado(a). A-P-E-N-A-S.
Estou de rolo, e nem contei sobre o intercâmbio. Só vou contar quando algo grandioso acontecer, pra que acabar com algo que mal começou?
"O QUE NINGUÉM SABE, NINGUÉM ESTRAGA"

EU CONTEI AO MUNDO E SÓ ME FUDI. POIS AGORA VEM A COBRANÇA:
 “QUANDO VOCÊ VAI?”
 “VAI PRA ONDE?”
“VOCÊ DESISTIU DE SER BABÁ?”
“ISSO NÃO É PRA MENINOS, VÁ ESTUDAR.”

Enfim, so many emotions que nem sei descrever.
Por hoje é só garotas(os)
Beijos e até a próxima <3

Never Give UP
Leonardo Stopa 

08/06/2016

4 Coisas que eu tenho aprendido em 4 meses nos Estados Unidos



Hi peopleee,

    Hoje faz 4 meses que cheguei na terra do Tio Sam. Todo dia 8 eu fico pensativa, nostálgica, com os sentimentos turbilhados e mais um monte de sensação misturada rsrsrs. Ao longo desses 4 meses tenho aprendido muita coisa, mais do que posso imaginar ou listar. 
    Fazer intercâmbio é estar sempre aprendendo coisas noivas; é ter um aprendizado novo a cada dia, mesmo seguindo uma rotina, nenhum dia é igual ao outro; é ter oportunidade de aprender coisas novas e perceber que aprendizados antigos passam a ser verídicos; é adquirir uma nova lição de toda e qualquer vivência, por mais simples que seja; é esvaziar nossa bagagem para preenchê-la com todos os aprendizados adquiridos aqui, sejam eles positivos ou negativos. 
  Sendo assim, resolvi compartilhar com vocês 4 coisas que tenho aprendido nesses 4 meses (conforme o título do post sugere rsrsrs). 
    Com o intercãmbio, eu tenho aprendido:


1- A SER BRASILEIRA


                            
(nem bandeira do Brasil eu tinha antes de vir pra cá rsrs)

      Sim, às vezes é preciso morar em outro País para dar ainda mais valor ao nosso, é preciso sair do Brasil para ser, de fato, Brasileiro. Pensar fora da caixa, me fez enxergar o Brasil de outra maneira, me fez ter mais orgulho de ser Brasileira, independente da situação atual do País.
      Quando eu ainda estava no Brasil, por vezes falava super mal dele, dizia que não voltaria, contava os dias para morar fora, dizia e fazia todas aquelas coisas de gente revoltada com o Brasil. Mas, o que eu não esperava era conhecer outro Brasil, um Brasil pelo qual vale a pena lutar, um País extremamente rico em cultura e em diversidade, diferente e melhor (diga-se de passagem) que qualquer outro. Enfim, com o intercâmbio, tenho aprendido a valorizar cada detalhe que só o Brasil tem, principalmente a comida. É engraçado que quando saio e vejo qualquer coisa que me lembre o Brasil fico tão feliz, por mais boba que seja a coisa; e quando alguém que nem conhece o Brasil resolve falar mal dele, o defendo com todas as forças. Porque, né? Só os Brasileiros têm esse direito! 
      E sim, eu quero e vou voltar para o Brasil, mesmo com todas as dificuldades, eu não troco o meu País por nenhum outro. E foi preciso morar fora para perceber isso!


2- A VALORIZAR TUDO
(Quando digo TUDO, é TUDO mesmo rsrs) 

(para representar as pessoas que eu mais aprendi a valorizar: familiares e amigos)

     Com o intercâmbio, aprendi o valor das coisas, desde as pequenas até as grandes. E não digo isso pensando apenas no valor material, mas também (e principalmente) no valor sentimental. Mesmo sendo do tipo de pessoa que dá mais valor às pequenas demonstrações de afeto do que aos presentes mais caros, eu realmente tenho aprendido o verdadeiro valor de tudo. 
     Coisas simples, corriqueiras, do dia-a-dia, que antes passavam despercebidas, hoje tem muito mais significado para a minha pessoa, como por exemplo, dar um beijo de boa noite em meus pais antes de dormir (por fazer isso todos os dias, nunca percebi o quanto isso é importante e a falta que faz).
    Aprendi desde cedo que, por vezes, é preciso perder algo para dar valor e, olha, hoje percebo o quanto essa frase é verídica; foi preciso sair do Brasil para dar valor a ele e tudo o que tem nele, principalmente as pessoas. Sair da minha zona de conforto, do aconchego do meu lar, da minha casa, se fez necessário para valorizar minha família e tudo o que só eles fizeram, fariam e fazem por mim, assim como me fez valorizar meus amigos e perceber quais são os de verdade! 
     Aprendi a valorizar até arroz e feijão, que tantas vezes reclamava por comer isso quase todos os dias. E, claro, a valorizar pequenos gestos de afeto que recebo, que aqui se tornam imensos!



3- A TER/SER MENTE ABERTA

     Morar fora, conviver diariamente com outras culturas (no plural, porque aqui tenho conhecido gente de tudo o que é canto do mundo), abriu os horizontes da minha vida, me ajudou a descontruir estereótipos, julgamentos e preconceitos.
     Aprendi que o mundo vai muito além do que se vê e, por essa razão, as pessoas também! Abrir a minha mente tem me ajudado a enxergar as pessoas e o mundo de uma forma totalmente diferente.
    Hoje, realmente, sei que as pessoas vão além da aparência, da cultura, religião, estereótipos e "padrões" de beleza. Aprendi com os americanos que você pode ser quem você quiser e ninguém vai te julgar por isso. Aqui você pode sair de pijama, com o cabelo lá em cima, com a mesma roupa que você fica em casa (isso é bem normal por aqui, se a pessoa tá é casa e resolve ir ao barzinho, ela vai do jeito que está) e ninguém irá te olhar estranho por conta disso. 
     No Brasil, tinha costume de me importar com a aparência (a minha própria e a dos outros) e quando eu saia do jeito que estava me sentindo bem, tinha medo de as pessoas me criticarem pela minha roupa e/ou cabelo. Outro exemplo, se uma pessoa saia de pijama na rua, para mim era o fim, era uma coisa inaceitável.  Aqui tenho aprendido a sair da maneira que me sentir confortável, sem me preocupar se minha roupa está adequada, se estou bem arrumada ou whatever que seja. Não! Ainda não crei o hábito de muitos americanos de sair de pijama e acho que nunca farei isso, ainda acho que pijama deve ser usado exclusivamente para dormir rsrsrs, mas aprendi a não me importar se a pessoa vai ao Supermecado, Farmácia ou até ao Shopping vestida assim. 
     Aliás, ter a mente aberta é essencial para o intercâmbio, pois é isso que faz adquirirmos tanta experiência. E, como disse,manter a mente aberta tem me ensinado a dar valor ao que realmente importa!



4- A ECONOMIZAR

  Não que eu fosse a pessoa que mais gastava no mundo, pelo contrário, sempre fui mão de vaca,. Pesquisava valores das coisas antes de comprar e, R$1 de economia já era ótimo para mim. Mas acho impressionante como aqui eu tenho me superado, e olha que eu tenho comprado muita roupa, por exemplo, mas passou de 10 obamas eu já acho caro kkkkkkkkkkk
  Quem é Au Pair sabe o quanto nosso salário parece muito quando estamos no Brasil, mas é quase  nada quando chegamos aqui. Afinal, ganhamos e recebemos em dólar. 
   Ecomomizar no País do consumismo pode ser bem difícil, mesmo para quem é mão de vaca como eu, como algumas coisas aqui têm o preço justo (a gente paga pelo produto, não pelo imposto), é comum dar a louca e querer sair comprando tudo, mas foi e está sendo preciso passar por perrengues para aprender a, de fato, economizar e dar prioridades ao meu dinheiro. Ah! outra coisa que aprendi a dar valor foi ao dinheiro rsrsrs agora sei quanto as coisas custam e o quanto eu preciso me esforçar para conquistá-las.
    Aprendi que, embora receba por semana, não se faz necessário torrar o salário semanalmente rsrsrs Mas, mesmo assim, economizar é um quesito que eu preciso aprender muito mais!




   Enfim, poderia passar o dia listando várias coisas que eu tenho aprendido aqui, mas separei essas porque são as mais evidentes no meu dia-a-dia e também são aprendizados que podemos ter antes no Brasil mesmo, mas que no meu caso, foi preciso sair para aprender rsrsrs 
E que venham mais lições, vivências e experiências!!

Um super beijo no coração de vocês e feliz 4 meses para mim :D

07/06/2016

Au Pair – vergonha de ser babá?

Preconceito: substantivo masculino 1. qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico. 2. sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.

Esse mês eu decidi falar de um assunto que vem me cercando há algum tempo. No auge dos meus 24 aninhos de idade, já formada em faculdade, me vi ainda meio instável diante de algumas decisões e conquistas na vida. E resolvi postar algo assim aqui no blog porque eu tenho certeza que muita gente se identifica com isso.

A cobrança por aceitação é uma realidade que a maioria de nós vive. É um desespero para ter tudo resolvido ou encaminhado o quanto antes. Para decidir a carreira que queremos pra vida toda aos 17 anos de idade diante de um vestibular. E quem é que tem a cabeça formada aos 17? Ainda é mal visto aquele que tranca curso em faculdade, aquele que não tem carro, que não tem um emprego em uma multi-nacional ou até mesmo – pasmem – aquele que ainda está solteiro ou não demonstra querer uma vida tradicional de casamento e filhos. E pior ainda, MUITOS de nós são assim, não é raro, mas da mesma forma esse preconceito rola solto! E, alô, a aceitação externa é mais importante que a aceitação pessoal?

Acho que a maioria já sabe disso, não vim falar apenas mais do mesmo. Mas sinto que essa cobrança por aceitação social é algo que afeta diretamente as vidas de pessoas na nossa faixa etária, 18 aos 26, a idade permitida para participação no programa Au Pair. Eu mesma me flagrei preconceituosa quando ao me perguntarem sobre meu intercâmbio eu enrolar de todas as formas possíveis para assumir: estou indo ser babá. Mas essa é minha realidade hoje, goste quem gostar, essas coisas fazem parte do processo de crescimento de todo mundo!


Sabe, no final das contas tudo é da forma como você encara as coisas. Não há certo ou errado – exceto se for pra ser desonesto, aí há errado sim, viu? Então sim, o clichê é real: todo trabalho honesto é um bom trabalho. O caixa do McDonald’s, a faxineira do hipermercado, o empacotador, o gari, a babá! Entre tantos outros empregos que exigem menor grau de estudo, todos são válidos e merecem todo o nosso respeito.

Muitas vezes esses tipos de emprego não são surpresa para a sociedade quando se trata de pessoas com menor grau de instrução, ou que vieram de outras partes mais humildes do país, etc. As pessoas não esperam muita coisa deles, como se não fossem capazes ou não merecessem. Mas quando se trata de alguém com formação universitária, que fala dois idiomas ou mais, ser babá é um absurdo. Então amigos, atenção, esse post é pra dizer que depende da nossa postura mostrar que todo trabalho é um bom trabalho, que sempre nos abre para oportunidades e aprendizado, que nunca deve ser desvalorizado ou menosprezado. Que não devemos ter vergonha, que também é uma escolha nossa e que nos reservamos o direito de viver nossas fases e tirar o melhor proveito delas, sejam elas quais forem.

Como é ser Au Pair na prática eu ainda não sei. O que eu sei é que o mais importante é a determinação para fazer desse momento algo especial e positivamente marcante. É estar consciente das possíveis dificuldades e desafios, encarar tudo com coragem para assumir as consequências dessa escolha, para amadurecer e respeitar o próprio espaço e até mesmo com a mente aberta a aceitar que às vezes desistir faz parte.

Então, meus amigos, vergonha é roubar, é trapacear, cometer crimes, vergonha é se omitir, é mentir, é ser preguiçoso, é ser covarde! Ser babá não é vergonha e ser Au Pair é muito mais que isso, é pra gente forte, gente determinada, gente corajosa!

Foco, coragem e uma viagem incrível para você!


Roberta Izzo
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